Autoconhecimento Convivendo Crônicas da Vida

Uma vida bem vivida

Mulher jovem e saudável, aproveitando a vida.
Bel_Group / Getty Images Pro / Canva Pro
Escrito por Vander Luiz Rocha

Focar apenas nos meios materiais nos impede de experimentar a verdadeira felicidade interior e de servir aos outros. A vida é breve, e nossa jornada terrena oferece oportunidades para crescer espiritualmente, harmonizando o bem viver com o viver bem, seguindo o exemplo de generosidade e compaixão de Moisés e Buda.

Adotar o bem para bem viver. Fazer o bem até bandidos o faz, permanecer nele seguramente é atitude de sensatos! Moisés, absteve-se do luxo da casa do Faraó, a fim de se dedicar à libertação dos hebreus escravos. (1.300 anos antes da era comum).

Siddhartha Gautama, nascido na Índia, jovem rico, tinha em torno de si dois mundos em contraste: o que vivia; opulência e boa nutrição, diversões, prazeres, seu mundo bonito. O outro, o mundo feio à sua volta: miséria, velhice desamparada, doenças, mortes prematuras. Deixou tudo, raspou a cabeça como símbolo de humildade e se agasalhou apenas uma manta amarela, dedicando-se a ensinar a todos o bem viver. Era chamado de “O iluminado”, Buda no seu idioma natal. (De 563 a 483 antes da era comum).

Não há aqui a intenção de destacar esse ou aquele seguimento religioso. São apenas dois exemplos em que ambos, Moisés e Buda, deixaram a boa vida em troca do melhor viver de outros.

Vamos trazer esses dois exemplos para o nosso cotidiano. Digamos que haja uma pedinte agachada na calçada com os braços estendidos pedindo esmola. Não dispomos, naquele momento, de nenhum dinheiro, pois usamos cartões para pagamentos, logo nada temos para dar. Engano, temos sim! Sobra-nos sorriso de conforto a oferecer.

Reparemos que esse momento presente foi apenas um instante, um segundo depois aquele presente ficou no passado. Se não sorrimos à pobre mulher, perdemos o ensejo de servir. Apenas um sorriso teria feito a diferença para ela e para nós.
Passo a passo, a cada instante, deixamos o passado e entramos no futuro. A esperança, ou a fé, é sediada no futuro e a materializaremos com o nosso agir no curto momento presente.

Se notarmos a velocidade do passar dos dias nesse planeta e compararmos a restrição que nos damos ao focarmos unicamente nos meios materiais para nosso viver bem, perdemos o ensejo de servir ao companheiro de jornada terrena quando esse nos der a oportunidade de bem viver.

Imagem de fundo de um lindo pô do sol na praia. Em destaque um casal contemplando a beleza e a liberdade.
Maridav Grátis / Canva Pro

Tal entendimento, diante da imortalidade, nos oferece a visão da oportunidade da vida que nos é concedido nessa rápida passagem pela terra, ensejo esse que pode ser comparado ao exemplo da esmoler.

Tudo que nos alegra ou não, que nos beneficia ou nos prejudica, enfim, o que nos acontece é por curto momento, de repente, aquilo de bom ou de mau é passado, todavia há quem se prenda nesse pequeno momento para se prejudicar por séculos no âmbito espiritual.

Nesse ponto já podemos distinguir bem viver de viver bem. O bem viver nos alegra o interior, o viver bem nos alimenta a matéria, o segredo consiste em harmonizar os dois.

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As citações que dou sobre Moisés e Buda são extremos de dedicação ao próximo, opção deles. Nos temos no nosso caminho companhias que claudicam, podemos, sem prejuízo dos nossos passos, dar-lhes algo de nós que os auxiliem a se erguer, como no exemplo da mendiga. Opção nossa.

A vida terrena é apena um instante, não a percamos em espírito.

Obrigado por me ouvir.

Sobre o autor

Vander Luiz Rocha

Vander Luiz Rocha, nascido na cidade de Conselheiro Lafaiete, no estado de Minas Gerais, Brasil, em 1939.

Criado dentro dos princípios da tradicional família mineira, teve no catolicismo a sua primeira religião.

Na adolescência, dos 7 aos 14 anos, fez, como interno, o Seminário Menor da Ordem dos Redentoristas, na época em Congonhas do Campo, MG. Naqueles momentos o cenário de vida foi o barroco e o fundo musical o canto gregoriano.

Deixando o seminário, tornou-se não religioso e se dedicou aos estudos e ao trabalho em Belo Horizonte. Inicialmente se formou em contabilidade e, posteriormente, graduou-se em administração, com o título de bacharel. A sua vida privada foi alimentada por essas profissões.

Em 1973, mudou-se com a família, esposa e três filhas para São Paulo, indo residir no ABC Paulista, em São Caetano do Sul, trabalhando em empresas da região, tendo se interessado pelo espiritismo e adotando-o em 1976 como escola de vida.

Após preparar-se em cursos feitos sob supervisão da Federação Espírita de São Paulo, SP, tornou-se servidor, no segmento palestrante, e expositor de cursos em casas de socorro espiritual, e com os socorridos muito aprendeu.

Nos dias atuais, continua a se dedicar à filosofia espiritualista, adaptando as palestras para textos escritos.

Possui várias obras editadas e ganhou prêmios literários.

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