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Viagem e autoconhecimento

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Escrito por Juliana Ferraro

Dia 16 de dezembro tínhamos tudo preparado: uma Kombi, com uma cama, cortinas, mosquiteiro, malas, galão de água, comidinhas, barraca, ingressos e documentos. Tudo pronto! Saímos de Paraty…

Nosso plano era chegar em Pratigi, dia 26 de dezembro, onde participamos de um dos maiores festivais de Trance do mundo, o Universo Paralello. Entre Paraty e Pratigi são muitos quilometros.

Então, fizemos as paradas que tínhamos em mente: Rio das Ostras (RJ), Guarapari (ES), Itaúnas (ES), Caraíva (BA), Itacaré (BA) e finalmente o Festival! E teve mais: Chapada Diamantina seguido de um Workshop de Ashtanga Vinyasa Yoga com dois professores maravilhosos, Matthew e Carla Wolmer, que aconteceu em Santo André, um pedacinho da cidade de Santa Cruz Cabrália, no sul da Bahia.

Tudo isso acabando em São Paulo no dia 5 de fevereiro. Quase dois meses de estrada. Ufa!

Entre muita música e liberdade, disciplina e Yoga, perreios, trilhas, novos amigos, saudades, mar e cachoeira, estradas de terra e travessias de balsa… Camping e casa alugada. Redes, cadeiras de praia, mat de yoga, colchão na Kombi, barraca e chão duro… Muitos PF de arroz e feijão, muito açaí e sucos de mil frutas maravilhosas… Tudo é parte de um ensinamento maior: estar bem em todo lugar.

Será que consegui? Talvez não… Mas posso dizer que em 85% dos casos, sim! Me adaptei tanto a dormir na barraca por uma semana tomando banho frio e usando banheiro químico quanto passando um dia no Club Med em Trancoso aproveitando todo o bem e bom de uma piscina gigante com todo conforto.

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E tudo no meio termo disso…

Viajar é isso, também. Adaptação. E teve uma palavra que usamos muito, ou duas: entrega e aceita.

Para mim, viajar é uma forma de aprender yoga. Fora do tapetinho. Que é a filosofia de vida que escolhi e escolho viver todos os dias. Tenho a tendência de querer programar tudo, mas nunca reservamos um Camping, chegávamos, pesquisávamos e dava certo.

Eu também tenho a tendência de ficar bem em casa. Na rotina. Sair faz bem. É justo o que vivo falando de sair da zona de conforto. Sair da comodidade de saber o que vai acontecer e como são as coisas para uma área onde não dá para saber com certeza como serão as coisas, o que esperar, o que vai comer, com quem vai falar…

E isso faz bem, pois gera situações em que tem que se confrontar com uns monstrinhos que habitam aqui dentro que não aparecem quando tudo vai bem e programado. E porque gera confiança interna. Saber que o centro de segurança não está fora, mas dentro (essa parte estou aprendendo).

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Fecho este texto por aqui, mas tem muito para contar!

Tem algo em especial que queira saber sobre os lugares ou histórias? Deixe aqui nos comentários que escrevo o próximo post respondendo!

Sobre o autor

Juliana Ferraro

Juliana Ferraro é psicóloga por formação e viajante por amor às coisas novas da vida. Seu contato com diferentes línguas e culturas começou quando ela ainda trabalhava no Club Méditerranée. Depois fez um mochilão pelo mundo em busca de autoconhecimento. Em pouco mais de um ano conheceu diversos países asiáticos, em especial a Índia, onde fundou uma paixão profunda pela yoga e pela meditação. No Brasil: morou, deu aulas de yoga e se formou como massoterapeuta, em Paraty, RJ. Foi nessa época que concluiu quatro cursos de dez dias de meditação Vipassana e se aprofundou na prática de Ashtanga Yoga. Hoje, ela está estudando Ashtanga Yoga no KPJAYI, em Mysore, Índia. E dá aulas de Ashtanga Yoga online.

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