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Vigorexia: o que é e qual a causa para esse tipo de transtorno

Imagem de um homem musculoso na academia sentado no chão e de cabeça baixa.
South_agency de Getty Images Signature / Canva
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Todo mundo sabe que praticar exercícios físicos faz bem para a saúde: dá mais disposição, melhora o bem-estar, promove condicionamento físico, previne doenças, entre outros benefícios. Mas o seu excesso pode trazer o oposto disso. É a chamada vigorexia, uma condição que afeta a forma como a pessoa enxerga o próprio corpo no espelho.

Separamos tudo o que você precisa saber sobre esse transtorno e quais são as consequências dele na vida de uma pessoa. Continue lendo e entenda!

O que é vigorexia?

A vigorexia também pode ser chamada dismorfia muscular ou anorexia nervosa reversa. Isso porque, assim como a anorexia, o paciente se enxerga de uma maneira distorcida quando se olha no espelho. Forte e muito mais musculoso que a maioria das pessoas, ele insiste em se achar fraco e com poucos músculos.

Como consequência, procura fazer cada vez mais atividades físicas em busca do que considera o corpo ideal. Também pode acabar adotando dietas rigorosas ou lançar mão de suplementos alimentares e anabolizantes sem prescrição médica. E, ainda, usar roupas que cobrem o corpo mesmo nos dias quentes, com vergonha da exposição.

Entenda as possíveis causas da vigorexia

Um dos motivos que pode provocar a vigorexia é a alteração de neurotransmissores do sistema nervoso central relacionados, por exemplo, a casos de meningite e encefalite. Por outro lado, a principal causa desse transtorno está ligada à autoestima.

Isso porque ele tem muito a ver com o padrão de beleza disseminado na sociedade, em especial, através das redes sociais — as quais nem sempre mostram a realidade como ela é.

Não à toa, o transtorno afeta majoritariamente homens entre 18 e 35 anos. A vigorexia feminina também acontece, mas é menos comum.

Saiba quais são os sintomas do transtorno

Imagem de um homem com dores nas costas.
Staras de Getty Images / Canva

Para identificá-la, seja em homens ou mulheres, é preciso se atentar aos sintomas. Em sua maioria, eles são sinais psicológicos:

  • Visão distorcida do próprio corpo;
  • Preocupação exagerada com a dieta alimentar e a ingestão de proteínas;
  • Prática excessiva de exercícios físicos, chegando a causar dores ou lesões;
  • Críticas frequentes sobre o próprio corpo;
  • Consumo de suplementos alimentares ou esteroides anabolizantes;
  • Prioridade aos exercícios físicos em relação a eventos ou compromissos sociais;
  • Desinteresse em coisas que gostava de fazer e que não envolvem malhar;
  • Sentimento de inferioridade em relação aos outros;
  • Insônia, dores musculares, queda no desempenho sexual, depressão, entre outros.
    Antes que tenha consequências mais graves na vida do paciente, a vigorexia pode e deve ser tratada. Continue lendo para saber como.

A vigorexia tem cura?

Ao aceitar o acompanhamento multidisciplinar de psicoterapeutas, nutricionistas, endocrinologistas e educadores físicos, é possível alcançar a cura para a vigorexia. Isso não significa parar de fazer atividades físicas, mas construir uma relação saudável com elas e com o próprio corpo.

Você sabe quais são as consequências da vigorexia?

Sem apoio e tratamento, a pessoa com vigorexia pode sofrer problemas graves. Com relação ao uso descontrolado de suplementos e anabolizantes, por exemplo, pode surgir disfunção erétil, infertilidade, insuficiência renal ou hepática, problemas de circulação, câncer de próstata, diminuição do testículo, entre outras complicações.

Já o exercício físico exagerado coloca em risco a integridade do organismo, podendo causar dores musculares, lesões importantes e adversidades nas articulações.
Emocionalmente falando, há ainda a possibilidade de desenvolver depressão, ansiedade e outros transtornos psicológicos.

Conheça os tipos de tratamento para a doença

Ainda que a vigorexia não seja categorizada como um transtorno e os critérios terapêuticos não sejam tão bem definidos, o tratamento é fundamental. Uma vez que o diagnóstico é feito, especialistas apostam em:

  • Suspensão imediata do uso de anabolizantes;
  • Acompanhamento médico e psicológico;
  • Uso de medicamentos antidepressivos para controlar os sintomas;
  • Trabalho conjunto de recuperação da autoestima;
  • Orientação de um educador físico na retomada dos exercícios físicos.

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Durante o tratamento, o paciente percebe que os padrões de beleza estimulados em nossa sociedade não devem ser a prioridade de ninguém. Por mais que eles estejam em todo lugar, é preciso saber filtrar e buscar apenas os modelos que fazem bem para si mesmo, sem exagerar. As atividades físicas são importantes e não precisam — nem devem — ser abandonadas, mas, como tudo na vida, precisam de equilíbrio. Pense sobre isso!

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