Autoconhecimento

Por que devemos perdoar e auto-perdoar?

Mulher abraçando e beijando gatinho
Sam Lion / Pexels
Escrito por Carla Marçal

O perdão mais liberta do que aprisiona e limita nossa felicidade, dissolve a mágoa, ressentimento, arrependimento, nos tira o peso da dor e abre espaço para que sentimentos bons nasçam em nossas vidas. … Perdoar é um exercício de amor-próprio.

Perdoar não é esquecer

É muito comum ouvirmos que quem perdoou não deve lembrar a situação que fez com que tivesse que perdoar. Mas então será que quando nós perdoamos, Deus apaga a nossa memória?

Não, perdão não é amnésia. Perdão é “olhar” para a situação ocorrida, entender e se apropriar do aprendizado e liberar toda energia nociva do nosso campo, ou seja, não sentir no momento presente a dor do passado.

Nós somos seres criados por Deus com uma memória, ou seja, muitas vezes vamos lembrar da ofensa ou da sensação de quando fomos ofendidos. Isso muitas vezes funciona como um mecanismo de proteção, de forma a tomarmos medidas para que essa situação não aconteça outra vez.

Mas atenção! Se lembramos do que aconteceu e sentimos mágoa, é porque provavelmente não perdoamos verdadeiramente. O perdão liberta e não nos deixa sentir rancor das outras pessoas.

Reflita: o perdão não significa que não vamos lembrar do que nos aconteceu, mas vai mudar como nos sentimos em relação a esse acontecimento.

Crenças limitantes que impedem a liberação do perdão:

• O perdão implica uma reconciliação

• Só posso perdoar se o outro pedir desculpas

Duas mulheres se abraçando
Anna Shvets / Pexels

Quando você perdoa alguém, não significa que você tem que ser amigo dessa pessoa. O perdão não implica uma reconciliação com o outro.

Perdoar é uma decisão individual, em que você libera energias nocivas do seu campo energético que fazem “mal” apenas a você mesmo. É como tirar uma bola de ferro dos nossos pés, é caminhar sem o peso do passado. Considere: se você perdoou verdadeiramente a pessoa, você não tem a obrigação de conviver pessoalmente com a pessoa.

Muitas pessoas têm a ideia errada de que não posso perdoar se a outra pessoa não pediu desculpas. Se acreditamos que só podemos perdoar alguém se ela nos pedir desculpas, o perdão muitas vezes vai ser impossível, porque muitas vezes algumas pessoas nunca vão nos pedir perdão pelas ofensas causadas.

Podemos perdoar mesmo que a outra pessoa esteja longe e não tenhamos a possibilidade de saber se está arrependida ou não. Em alguns casos pode haver a necessidade de perdoar uma pessoa que já morreu. Nesta situação, nem sequer há a possibilidade da outra pessoa estar arrependida.

Importante recordar: o ato de perdoar é uma decisão pessoal, não depende do arrependimento da outra pessoa.

Dica da semana:

A falta de perdão é como um veneno: nos tira a alegria e nos impede de viver a vida abundante que o Criador nos proporciona. Por isso, pratique o perdoar, e lembre:

Mulher entre árvores e luz do sol
Rodrigo Santos / Pexels

1. Perdoar não é esquecer.

2. A mesma situação pode ter que ser perdoada várias vezes.

3. Não existem pessoas que não merecem perdão.

4. Perdoar não significa que você tem que se reconciliar com o outro.

5. A outra pessoa não precisa pedir perdão para você perdoar.

6. Você não precisa lidar com o perdão sozinho.

Existem vários exercícios e meditações para você praticar e liberar o perdão. Porém, às vezes, estamos lidando com uma situação profunda e pesada e não precisamos fazer sozinho.

O mesmo acontece com o perdão: muitas vezes vamos precisar de ajuda para conseguir perdoar.

Como a questão do perdão frequentemente implica situações delicadas, é necessário que haja uma relação de confiança.

Nunca esqueça: não fale sobre questões sensíveis com qualquer pessoa, procure sempre um profissional

Afirmações para o autoperdão para semana

1. Eu me perdoo pelas minhas decisões e ações passadas.

2. Eu libero padrões negativos de pensamento e comportamento.

3. Eu tenho a coragem de reconhecer a luz dentro de mim.

4. Eu libero a vergonha, a raiva, a culpa e o arrependimento.

Mulher olhando para o espelho
Min An / Pexels

5. Eu sou um ser de amor, compaixão e paz.

6. Eu confio em mim mesmo para construir um futuro melhor.

7. Eu estou aprendendo e crescendo a cada dia.

8. Eu tenho paciência e compreensão comigo

Por que me perdoar??

As pessoas que não se perdoam tendem a eternizar alguns momentos e experiências. É como se ficassem presas ao que passou, num círculo infinito de dor e penitência. A vida parece que não evolui. “Quando o sentimento de culpa não é ressignificado e transformado em aprendizado, ele tira a alegria de viver. O autoperdão é um jeito de evoluir e mudar esse cenário. E mais: passar dia após dia sob o peso da culpa, autocobrança e arrependimento é um caminho para desenvolver baixa autoestima, podendo levar a transtorno de ansiedade e até depressão.”

O autoperdão é a maneira mais elevada e fácil de readquirirmos o amor-próprio, autoaceitação e voltar a ter uma vida fluida e plena. Para isso é necessário entrarmos em contato com nossas sombras, acolhê-las e ressignificar.

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Vamos fazer um exercício do Thetahealing® para limpar tudo isso. Escreva em um papel: “Eu (seu nome) me perdoo de estar sentindo…” Escreva todos os seus ressentimentos, mágoas, raiva, ódio, rancor, amargura, sentimento de rejeição, culpas a determinadas situações e vá escrevendo tudo o que vier em seu pensamento. Pode escrever em detalhes.

Quando terminar de escrever essa lista, leia tudo novamente e vá repetindo a si mesmo: “Eu me perdoo de estar sentindo…”. E, depois, queime essa lista e sinta todos os ressentimentos, raiva, rancores, mágoas sendo transmutados pelo elemento fogo; perceba que tudo já passou e virou cinzas.

Agradeça essa grandiosa oportunidade de trabalhar consigo mesmo de trazer mais luz à sua consciência e mais amor ao seu coração.

Sobre o autor

Carla Marçal

De uma carreira de destaque em grandes corporações à busca incansável por um propósito mais profundo, minha jornada de vida tem sido uma busca constante por significado e realização. Como psicóloga integrativa de formação, alcancei o sucesso profissional em níveis diretivos, acumulando todas as conquistas tradicionalmente associadas à felicidade.

No entanto, sempre senti que faltava algo, uma lacuna na minha busca pela plenitude. Paralelamente à minha carreira, mergulhei nos estudos do comportamento humano, obtendo formação como psicodramatista e aprofundando meu conhecimento em coaching, PNL, antroposofia e outras técnicas. Meu objetivo era claro: auxiliar indivíduos e organizações a prosperarem em processos de mudança, humanização e desenvolvimento pessoal e profissional. Mas ainda assim, algo essencial parecia escapar.

Em 2017, um diagnóstico de câncer de tireoide transformou minha vida de maneira profunda. Optei por um período sabático que se revelou um mergulho profundo em busca do meu verdadeiro propósito. Devorei livros, concluí cursos com diversos mentores e explorei todas as ferramentas disponíveis para desvendar meu destino. Foi nessa jornada de autoconhecimento que encontrei o ThetaHealing®, e minha vida deu um giro transcendental.

De cliente, me tornei terapeuta e instrutora oficial dessa incrível técnica. Além disso, obtive a certificação como operadora de mesa quântica estelar e mesa quântica estelar-pets, além de me tornar professora de MQE. Hoje, sou movida por uma paixão ardente pelo que faço, e vivo plenamente de acordo com meu verdadeiro propósito: espalhar luz, boas vibrações, alegria e energias positivas para ajudar pessoas e o planeta a desfrutar de uma vida plena e feliz.

Minha maior realização é auxiliar pessoas e animais a alcançarem a saúde mental, emocional e física que merecem. A transformação de vidas é a essência do meu trabalho, e estou dedicada a disseminar cura, amor e crescimento, proporcionando uma jornada de descoberta e renovação para todos aqueles que cruzam o meu caminho. Acredito que todos podem alcançar um estado de harmonia, e é isso que me impulsiona a continuar, cada dia, nessa incrível jornada de cura e evolução.

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