Convivendo

A origem do meu medo interior!

Mulher com a mão na boca com expressão de medo

Como viver nesse momento da humanidade sem sentir medo?Durante minhas meditações, uma aula ou atendimento como terapeuta de regressão a vidas passadas, lido com o meu medo e o medo das pessoas que me procuram para resolver uma questão. Uso experiências de minha trajetória como terapeuta e uma ferramenta muito potente que é o jogo dos quatro arquétipos desenvolvido por mim e minha sócia Anna Maria de Oliveira da Academia Confluência.

A potência dos quatro arquétipos chegou até mim em novembro de 2016, a partir desse momento eu tenho feito minhas reflexões sobre o medo através da ótica do Guerreiro, do Visionário, do Curador e do Mestre.

No sábado de carnaval de 2017 eu e a Anna Maria lançamos a primeira JORNADA INTERIOR com uma abordagem ancorada nos quatro arquétipos. Foi um dia que senti o tamanho do meu medo por estar com um grupo de 19 pessoas que confiavam no nosso trabalho e condução.

Foi um encontro maravilhoso e potente, tanto eu como a Anna Maria estávamos preparados para cuidar dessas pessoas amigas que estavam juntos com a Academia Confluência. Todos saíram muito bem e com uma percepção mais apurada da própria caminhada terrena.

Mesmo assim eu fui buscar e pesquisar o porquê desse medo uma vez que vinha me preparando a vida toda para cuidar de mim e de todos que por algum motivo ou questão, chegaram e todos que estariam por vir até mim.

Percebi que o medo é algo inerente à humanidade. Não temos como escapar do medo, o que podemos fazer é reconhecer e admitir que todos nós temos medo. Medo da morte, medo da fome, medo da doença, medo da falta do dinheiro, são infindáveis os medos.

Homem sentado na janela olhando para o horizonte

Eu sinto que o meu medo é o mesmo medo que a humanidade sente, e só dissiparão quando entendermos que somos uma unidade, não existe nada separado dentro dessa jornada humana.

O medo surge quando não entendemos de onde viemos, onde estamos e o que o futuro incerto nos reserva.
Para ajudar em minha narrativa quero apresentar um autor que muitos de vocês, que estão lendo esse artigo, já conhecem. Ele também passou por momentos de profunda depressão, medo e incertezas.

Ele é Eckhart Tolle, pseudônimo de Ulrich Leonard Tolle é um escritor e conferencista alemão, residente no Canadá, conhecido como autor de best sellers sobre iluminação espiritual.

Seu livro mais conhecido é O Poder do Agora. Nesse livro ele relata as respostas obtidas através dessa busca.

Eu entendo que quando nos alinhamos ao momento presente, uma nova percepção do que é real surge muito mais verdadeira e divina. É nesse momento que eu percebo como ele, que as respostas realmente estão dentro de nós. Percebi que não adianta ter um discurso, por exemplo, sobre a verdade ou sobre as respostas estão dentro de mim, é preciso estudar e buscar muito.

Homem andando nos trilhos de trem

Vou deixar aqui algumas percepções sobre “A origem do medo – Por Eckhart Tolle”

“A doença psicológica do medo não está presa a qualquer perigo imediato concreto e verdadeiro”. Manifesta-se de várias formas, tais como agitação, preocupação, ansiedade, nervosismo, tensão, pavor, fobia, etc. Esse tipo de medo psicológico é sempre de alguma coisa que poderá acontecer, não de alguma coisa que está acontecendo neste momento.

Você está aqui e agora, ao passo que a sua mente está no futuro. Essa situação cria um espaço de angústia. E caso estejamos identificados com as nossas mentes e tenhamos perdido o contato com o poder e a simplicidade do Agora, essa angústia será nossa companhia constante. Podemos sempre lidar com uma situação no momento em que ela se apresenta, mas não podemos lidar com algo que é apenas uma projeção mental. Não podemos lidar com o futuro.

Além do mais, enquanto estivermos identificados com a mente, o ego regerá as nossas vidas. Por conta da sua natureza ilusória e apesar dos elaborados mecanismos de defesa, o ego é muito vulnerável e inseguro e vê a si mesmo sob constante ameaça.

Agora, lembre-se de que uma emoção é a reação do corpo à mente. Que mensagem o corpo está recebendo permanentemente do ego, o falso eu interior construído pela mente? Perigo está sob ameaça. E qual é a emoção gerada por essa mensagem permanente?” Medo é claro”.

Mulher no escuro com uma luz vindo por trás em seu cabelo

Até aqui fica muito claro que todos nós temos medo da incerteza da vida, o problema é que alimentamos esse medo todos os dias com pensamentos que geram sentimentos de muita impotência.

Seguindo o raciocínio de Eckhart Tolle:

“O medo parece ter várias causas”. Tememos perder, falhar, nos machucar, mas em última análise todos os medos se resumem a um só: o medo que o ego tem da morte e da destruição. Para o ego, a morte está bem ali na esquina. No estado de identificação com a mente, o medo da morte afeta cada aspecto da nossa vida. Por exemplo, mesmo uma coisa aparentemente trivial ou “normal”, como a necessidade compulsiva de estar certo em um argumento e demonstrar a outra pessoa que ela está errada, acontece por causa do medo da morte.

Se estivermos identificados com uma atitude mental e descobrirmos que estamos errados, nosso sentido de eu interior baseado na mente correrá um sério risco de destruição. Portanto, assim como o ego, você não pode errar. Errar é morrer. Muitas guerras foram disputadas por causa disso, e inúmeros relacionamentos foram destruídos.

Mulher de costas com a cabeça abaixada


“Uma vez que não estejamos mais identificados com a mente, não faz a menor diferença para o nosso eu interior estarmos certos ou errados”. Assim, a necessidade compulsiva e profundamente inconsciente de termos sempre razão, o que é uma forma de violência, vai desaparecer.

Há uns dez anos assisti ao filme “MOCHILEIRO DAS GALAXIAS”, particularmente não gostei muito do filme a primeira vez que assisti, até a hora em que um personagem, na função de engenheiro, tinha que reconstruir os planetas que os alienígenas destruíram por algum erro de estratégia, ouviu a seguinte pergunta do personagem principal do filme “Você não fica com raiva de ter que reconstruir o erro dos outros”?

Ele responde: “ENTRE TER RAZÃO E SER FELIZ, EU ESCOLHO SER FELIZ!”

Nesses dez anos essa frase mudou minha vida e sinto que a cada momento novo eu sinto menos MEDO.

Finalizando com a percepção de Eckhart Tolle:

“Você poderá declarar de modo calmo e firme, como se sente ou o que pensa a respeito de algum assunto, mas sem agressividade ou qualquer sentido de defesa”. O sentido do eu interior passa a se originar de um lugar profundo verdadeiro dentro de você, não mais de sua mente.

Tenha cuidado com qualquer tipo de defesa dentro de você. Está se defendendo de quê? De uma identidade ilusória, de uma imagem em sua mente, de uma entidade fictícia. Ao trazer esse padrão à consciência, ao testemunhá-lo, você deixa de se identificar com ele. À luz da sua consciência, o padrão de inconsciência irá se dissolver rapidamente.

Esse é o fim de todos os argumentos e jogos de poder, tão prejudiciais aos relacionamentos. O poder sobre os outros é a fraqueza disfarçada de força. O verdadeiro poder é interior e está a sua disposição agora.

A mente procura sempre negar e escapar do Agora. Em outras palavras, quanto mais nos identificamos com as nossas mentes, mais sofremos. Ou ainda, quanto mais respeitamos e aceitamos o Agora, mais nos libertamos da dor, do sofrimento e da mente.

Mulher uma floresta com os braços cruzados

Se não quer gerar mais sofrimento para você e para os outros, se não quer acrescentar mais nada ao resíduo do sofrimento do passado que ainda vive em você, não crie mais tempo, ou, pelo menos, não mais do que o necessário para lidar com os aspectos práticos da sua vida. Como deixar de criar tempo?

Tendo uma profunda consciência de que o momento presente é tudo o que você tem.

Faça do Agora o foco principal da sua vida.”Se antes você se fixava no tempo e fazia rápidas visitas ao Agora, inverta essa lógica, fixando-se no Agora e fazendo visitas rápidas ao passado e ao futuro quando precisar lidar com os aspectos práticos da sua vida”.

“Diga sempre “sim” ao momento atual.” Eckhart Tolle

Hoje com meus 57 anos estou mais conectado com o meu presente e essa conexão me acalma, não tira todo o medo, insatisfação, impotência e muitas vezes raiva de tudo o que esta acontecendo no mundo. O que diminui o meu MEDO é sentir que estou fazendo algo para ajudar a construir um mundo melhor e ajudar as mais de 5.000 mil pessoas que passaram por uma das minhas atividades nas abordagens da Academia Confluência ou nos meus atendimentos ou mentorias individuais em três anos de atividades.

Reconhecer o medo, encarar o medo é o caminho para não ter medo de sentir MEDO.

Viajei muito por vários países e culturas, mas a minha ligação com os povos indígenas me trouxe para um lugar de aquietamento interior e espiritual.

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Sinto que uma consciência superior esta dentro de todos nós. Sinto que precisamos ter paz interior para que ela flua em nossas vidas.

Não tenha medo de encarar quem é você! Talvez o nosso medo esteja em reconhecer o nosso tamanho como seres humanos divinos!

“Todas as culturas antigas profetizaram que o tempo virá quando toda a família humana se unirá e se levantará para defender toda a vida sagrada na mãe terra! Proteja a floresta, defenda a terra, cuide da água que é sagrada, a terra é nossa mãe. Infinito respeito e gratidão a todos os povos indígenas pela sua eterna missão de servir a terra e guardar o ciclo da vida.” Trecho extraído do vídeo – Curawaka – Te Nande (Official Video).

Gratidão profunda por poder partilhar com cada um de vocês os meus MEDOS.

Sobre o autor

Antonio Carlos Pereira Antunes

Sou construtor de ponte entre pessoas, contador de histórias e dedicado aos processos integrais para o desenvolvimento humano.

Formado em Administração de Empresas, Pós-Graduado em Marketing Digital. Atuo como Terapeuta de Regressão, Palestrante, Coach Educacional e Holístico, Consultor em Empreendedorismo Digital, Escritor e Roteirista de vídeos para treinamentos. Praticante de Biodanza a mais de 20 anos na Escola Paulista de Biodanza, metodologia de Rolando Toro e em Terapia Corporal Holística.

Co-Fundador da Academia Confluência, fundador do Instituto Confluência, desenvolvi a metodologia do Coaching Integrado Pedagógico em Grupo, método CIP, em parceria com Anna Maria de Oliveira. Escrevo para o site Academia Confluência e Totalidade.

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