Os celtas faziam grandes celebrações em 8 ocasiões especiais do ano, pois eram muito ligados às mudanças climáticas e às estações próprias para a preparação da terra, o plantio, e a colheita, assim como os ciclos ligados à reprodução dos animais. Esta observação dos ciclos da natureza era crucial para sua própria subsistência.
Dentre estas celebrações ao longo do ano, uma das mais importantes marcava o auge da Primavera e o prenúncio do Verão. O Sol retornava com todo esplendor à Terra, trazendo consigo o calor necessário à sobrevivência dos seres humanos, animais e plantas. Toda a Natureza se alegrava e a Terra parecia se renovar. Fogueiras eram acesas nas comunidades e o povo dançava e comemorava em torno delas. A Luz retornava com força para iluminar o caminho de todos os seres, trazendo renovação.
O fogo era o elemento predominante nestas festas, pois representava a própria Vida. O costume de pular uma fogueira era comum, significando que as energias poderosas da Vida eram incorporadas pelas pessoas. Os rebanhos passavam entre fogueiras, purificando-os e garantindo assim sua fertilidade.
A fertilidade da Deusa era exaltada, e nas pequenas comunidades inglesas era comum as pessoas acordarem logo cedo para colher flores e ramos verdes nos campos, usando-os para decorar os Maypoles, seus lares e a si mesmos.
Podemos ver que o papel feminino da criação era muito valorizado nos antigos tempos. A Deusa e o Deus eram iguais em importância, as forças se complementavam, criando a dança da vida.
Como o Reiki Celta atua através da canalização das energias telúricas (através do chacra básico), nada é mais importante para o praticante deste sistema que estar aberto e atento às mudanças e aos ciclos naturais. Isto é importante para manifestarmos nosso objetivo principal: a cura, em todos os níveis, a todos os seres.
A celebração da Vida, e tudo o que ela representa, guia o trabalho com as energias da criação que estão à nossa volta. Assim, as energias do Reiki Celta favorecem mudanças positivas significativas em nossas vidas, impulsionando o recomeço ante as dificuldades. E a figura materna é a representação máxima da Vida sendo doada aos seres, numa eterna renovação.
Uma maneira interessante para homenagear este dia especial é direcionar, durante a meditação, este símbolo especialmente para agradecer tudo aquilo que recebemos de nossas mães, envolvendo-as numa aura de profunda gratidão. As futuras mães podem usar este símbolo também na autoaplicação, favorecendo uma gestação saudável e tranquila. Os recém-nascidos também podem se beneficiar das energias de DUIR, fortalecendo-os para seu crescimento.
Assim, vemos que remotas tradições ainda permanecem vivas nos dias atuais, mesmo com tanta tecnologia que nos afasta dos ritmos naturais do Universo. O Dia das Mães, não por acaso, é celebrado nesta época, pois ela representa a doadora da vida no inconsciente coletivo humano.
A celebração foi idealizada em 1907 por uma norte-americana, Ann Maria Reeves Jarvis. Porém, ao ver que com o passar dos anos esta data estava sendo cada vez mais comercializada, Ann arrependeu-se de ter criado esta celebração. No entanto, mesmo com seus esforços para abolir o feriado, o costume espalhou-se pelo mundo, talvez atendendo a um impulso inconsciente da mente humana: reconhecemos que somos filhos deste planeta e as mães personificam esta força Criadora do Universo.