Autoconhecimento Comportamento

Não se perca de si…

Mulher parada no meio de um campo de flores
lequangutc89 de pixabay
Escrito por Andrea Pavlo

Sentir-se feliz consigo é mais difícil do que parece. No relato da colunista Andrea Pavlovitsch Rodrigues Teixeira, que você vai ler a seguir, percebemos que as pressões da sociedade podem comprometer a sensação de bem-estar que tanto buscamos, mesmo quando já temos maturidade para lidar com elas. Sendo assim, aproveite o conteúdo para encontrar uma forma de não se perder de si.

São 2:26 da manhã de uma quinta-feira. Esse ano, La Niña fez o inverno ser mais quente do que o normal. Gostei. Curto essa tal de La Niña… não posso dizer o mesmo sobre o irmão dela.

Esse ano tenho 47. E 7.9 de um hormônio cuja sigla não lembro, mas que mostra que eu entrei no climatério. A pré-menopausa. Possivelmente por isso estou acordada às 2:28 da manhã de uma quinta-feira.

Mudei nos últimos anos. Não estou indo para a academia, nem dançando com um grupo de amigas. Não gravo mais músicas no meu aplicativo de karaokê e meu cabelo está ruivo…. ruivo, não loiro como eu realmente gosto. Me vi com problemas de estômago, uma flacidez que nunca tive, mas ao que parece ainda lutando com os mesmos problemas no começo desse ano. Até o ponto em que eu mesma disse um grande chega, tenho quase 50 anos, não preciso mais disso…

Que liberdade. Essa sou eu. Livre, dançando aos 40, viajando sozinha aos 30, entrando numa segunda faculdade aos 20. Escrevendo meu primeiro livro aos 11. Nasci assim, livre, leve e solta.

Mulher se olhando no espelho
Misha Voguel de Pexels

Mas eu nasci assim e não o mundo ao meu redor. Como mulher, tenho “obrigações”. Filhos, uns 2… pelo menos um cachorrinho, então? Sucesso na carreira, ah pelo menos 10 mil seguidores no IG ou um bom cargo de CEO. Um marido, ou pelo menos uns dois divórcios? Não, nada? E agora? Quem sou eu?

No meu caso o cachorro, os (quase) dez mil seguidores… eita… mas e a dança aos 40? As aulas puxadas (é sério) de hidroginástica? Os muitos textos escritos, os livros que vieram depois dos 11 anos… as roupas mais curtas do que “pede” a idade, o suco verde (sem pepino, por favor, me dá azia). Um namorado que me ama, uma casa num lugar tão maneiro que eu faço tudo a pé e tenho 8 supermercados a até dois quarteirões de distância… mas e a dança? Mas e o sol entrando na janela? Mas e as músicas no karaokê?

É tão fácil se perder de si. Uma agenda cheia, um novo relacionamento. Os velhos problemas familiares, um sonho não realizado, e lá está você… se perguntando onde está a sua dançarina às 2:37 da manhã. Repensando seu guarda-roupas, o consultório que está trabalhando, a cor do cabelo…. ah, meu cabelo, minha vida.

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E, na maioria das vezes em que nos fazemos essa pergunta, voltamos ao início, à nossa essência. Voltamos ao ponto em que algumas coisas nem são tão importantes assim como nos fizeram crer. Que voltar a colocar as sapatilhas e cantar os hits da Shania Twain são sim mais importantes. Que voltar a comer a bomba de zabaione com um capuccino na Crystallo parece distante… e faz tanta falta. Sim, podemos (e devemos) mudar, e algumas dessas mudanças ficarão para sempre, como bloquear os relacionamentos abusivos do passado ou nunca mais querer um Android (sim, soou pedante). Mas alguns pontos são tão seus, tão meus, que não devem jamais ser abandonados. E, quando forem, vão cobrar o seu preço e te atormentar às 2:42 da manhã de uma quinta… e te fazer procurar a academia pela manhã. Será que eles ainda vão me dar aquele desconto?

Sobre o autor

Andrea Pavlo

Meu nome é Andrea Pavlo. E poder apresentar esse nome assim, parece fácil, mas não foi. Esse nome é fruto de muito autoconhecimento e autoanálise.

Fruto de duas faculdades e mais de mil horas de cursos, mentorias, vivencias e aprendizados. Fruto de muitos risos, muitas dores e muitos resultados. Sou uma espiritualista que aprendeu a servir. Servir ao outro com seus aprendizados. Apoiar mulheres a passarem por suas próprias dores.

Filha de pais narcisistas, passei a vida tentando entender a cabeça deles. Isso me ajudou a me apaixonar pela psicologia e por todas as ciências afins.

Filha de Iansã, devota de Santa Sara e neta da Dona Arlinda, trouxe uma
mediunidade temperada com clarividência, sonhos premonitórios e um dom de ler o inconsciente coletivo e pessoal. Dom que eu uso justamente para servir.

Apaixonada pela beleza da arte, da decoração e da moda, adoro transitar nesses pequenos grandes universos cheios de simbologias. Amante dos ensinamentos de Carl G Jung e seu entendimento do mundo, dos arquétipos milenares do tarot e por todas as formas de mistérios ocultos e especiais que considero o tempero especial da realidade.

Tentando manter os pés sempre no chão, o peso equilibrado e o humor em dia, esses são meus desafios eternos. Desafios que eu encaro com força e muita criatividade, além de uma xícara de café quente e um pão de queijo saindo do forno.

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