Autoconhecimento Convivendo

O desenvolvimento e envelhecimento do pensar, sentir e querer

Lado a lado, uma mulher jovem e uma mulher idosa.
popcorner / Shutterstock
Escrito por Dulcineia Santos

Podemos começar a entender a nossa biografia, nossa história de vida – e, como resultado, quais forças derivamos dela – vendo o nosso desenvolvimento e, a partir daí, como este vivenciar impacta a nossa maturidade, nosso processo de envelhecimento.

Para ficar mais organizado, podemos separar nossa constituição em três partes: pensar, sentir e querer.

0-7 anos – Pensar

No primeiro setênio, desenvolvemos o Sistema Neurossensorial ou o Sistema Nervoso Central, sede do pensar, que nos ajudará a nos estruturar.

Junto com isso, desenvolvemos os sentidos, que são “janelas para o mundo”. É através dos sentidos que vamos começar a entender o que constitui a nossa vida, o que acontece ao nosso redor.

Uma criança pensando.
theproofphotography / pixabay

Na maturidade, quando nossas forças físicas se enfraquecem e nossos sentidos se desgastam (má visão, audição etc), os sentidos vão se transformar em uma capacidade de compreensão do mundo.

Segundo Gudrun Bukhard, sistematizadora da biografia antroposófica, se estes sentidos forem solicitados de maneira extrema ou fora do tempo neste período, haverá um desgaste que aparecerá na maturidade. Por exemplo, uma criança que aprende a ler muito cedo (as crianças estão preparadas para isto após a queda dos primeiros dentes, aos sete anos), pode resultar em uma pessoa com problemas de memória mais intensos dos 56 aos 63 anos, fase que espelha o primeiro setênio.

7-14 anos – Sentir

No segundo setênio, desenvolvemos o Sistema Rítmico, sede do sentir. Os órgãos desenvolvidos nesta época são o coração e o pulmão, órgãos de troca com o mundo.

É importante que a criança não seja bombardeada com conteúdo muito intelectual – o aprendizado deve ser por meio de imagens, para favorecer a imaginação. Caso isso não seja respeitado, no amadurecimento, haverá uma “cristalização”, um endurecimento do pensar.

Uma mulher olhando através de uma janela.
Fabio Pagani / Canva

Quando pensamos em coração e pulmão, pensamos também em ritmos – inspiração e expiração. Os ritmos são muito importantes nesta época, e vão doar força tanto neste setênio quanto dos 49-56 anos, momento em que devemos procurar um ritmo mais adequado às nossas necessidades físicas.

Na maturidade, o inspirar e expirar são também experienciados numa capacidade de entender melhor o mundo, escutar (inspirar) e de devolver ao mundo um pouco do que recebemos (expirar).

14-21 anos – Querer

No terceiro setênio, desenvolvemos o Sistema Metabólico-Sexual, sede do querer. Os órgãos desenvolvidos nesta época são aqueles relacionados ao querer (agir, vontade) – os braços, pernas e os órgãos sexuais.

Uma mulher de braços erguidos.
Viktor_Kitaykin de Getty Images Signature / Canva

Será com estes membros que o jovem vai transformar o mundo, portanto nada mais apropriado que nesta fase se desenvolvam também os ideais (pensar).

Na fase do espelhamento (42-49), em que as forças sexuais diminuem (menopausa etc.), os ideais serão amadurecidos e se transformarão em idealismo (fazer o que pensou).

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Para aprofundar este assunto, você pode ler este texto. E se quiser fazer a revisão da sua biografia de forma mais estruturada, me siga nas redes sociais (veja endereços clicando no meu nome acima) e conheça o meu curso online “Alinhando a Vida”.

Sobre o autor

Dulcineia Santos

Dulcinéia Santos é consultora de desenvolvimento para a maturidade, praticante certificada da ferramenta MBTI® de tipos psicológicos e coach. É também autora do livro “A Namorada do Dom”, em que conta as lições que aprendeu nos relacionamentos e na sua jornada até a Suíça.

Acredita que a vida é cheia de lições e que se não as aprendemos não passamos pro próximo nível do jogo. Saiu de casa cedo e foi morar no mundo – agora está na Suíça, onde estudou antroposofia por três anos. Gosta de tomar cerveja no boteco enquanto papeia, de aconselhar, da língua portuguesa, de cozinhar, de ficar só e de flexibilidade de horários. É esotérica, mas acha que estamos encarnados para viver as experiências terrenas com o pé no chão – de preferência dançando.

Formações:

Bacharel em línguas aplicadas

Brain Based Coaching Certification
NeuroLeadership Group – Londres

MBTI® – Myers-Briggs Type Indicator – Step I and Step II
Myers-Briggs Foundation – Florida, USA

Antroposofia
Goetheanum – Dornach, Suíça

Terapia Multidimensional
Genebra – Suíça

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