Autoconhecimento

O dom de doar amor pelas mãos

Mulher branca deitada recebendo massagem nas costas.
pitinan / 123rf
Escrito por Juliana Ferraro

Eu sempre amei receber massagem. O poder do toque cuidadoso e firme me faz sentir dentro do meu corpo. Reconhecer os limites de forma consciente, habitar esse espaço sagrado. Uma forma de cuidado, de terapia.

Faz fluir as energias, limpar o que está estagnado. Dá uma sensação de conforto, segurança para relaxar profundo e se entregar. Ser cuidada.

No penúltimo artigo que publiquei aqui, eu falei sobre as três ferramentas que venho usando para entrar mais fundo dentro de mim e trabalhar o amor-próprio, a compaixão e a consciência do divino dentro de mim, dentro de cada um. E, nesse artigo, eu esqueci de citar a massoterapia. Essa é a quarta ferramenta!

E, na verdade, vou dizer que o valor que eu dava para receber uma massagem aumentou ainda mais quando eu comecei a trabalhar e dar massagem. E tem sido muito enriquecedor esse trabalho de doação. Sendo ele mais uma forma de servir, ajudar e doar tudo o que eu citei acima que sinto quando recebo uma boa massagem.

É muito bom receber, mas melhor ainda é dar. Pois o ciclo se completa. E cuidar do outro dá uma sensação reveladora de bem-estar. Quando um cliente sai da massagem relaxado e agradecido, se sente cuidado com respeito. E sinto que o mais importante e que faz diferença nesse trabalho é eu estar presente, como em uma meditação.

Aliás, para mim, dar massagem é a oportunidade de meditar por mais uma hora no meu dia. Aproveito para manter a mente presente, junto com a observação da respiração e consciente, tanto do meu corpo quanto do corpo do outro.

Pessoa branca recebendo massagem nas costas.
Toa Heftiba / Unsplash

Um casamento! Durante a sessão, os corpos vão se unindo de uma forma que, quando atenta, posso sentir se a massagem deve ser mais forte ou mais suave, observado a respiração de quem está recebendo. Outra parte da prática é o de manter a mente equânime diante das dores, travas no corpo do outro. Está no exercício de ir respirando, fazer o melhor que posso e estar presente sem me prender em alguma dor, sensação ou trava, achando que preciso resolver tudo. 

Eu faço o melhor que posso e sempre agradeço. Nesse ponto, desenvolvo muita gratidão por quem se dispõe e se entrega para esse momento, me proporcionando aprendizado e crescimento, tanto como terapeuta quanto como pessoa. Além de estabelecer uma conexão com a intuição e o divino que existe dentro de cada pessoa.

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“Para mim, a massoterapia se revelou como mais um instrumento de cura! Tanto no receber, aprender sobre a entrega e me deixar ser cuidada e acolhida, como na doação, que é trabalhar para um algo maior que me guia e acaba curando o terapeuta e o cliente.”

O retorno que se tem ao final da massagem, o rosto relaxado e a expressão sorridente, realmente, é incomparável e me enche de energia, de compaixão e agradecimento!

E você? Tem recebido massagem ultimamente? Me conte da sua experiência!

Sobre o autor

Juliana Ferraro

Juliana Ferraro é psicóloga por formação e viajante por amor às coisas novas da vida. Seu contato com diferentes línguas e culturas começou quando ela ainda trabalhava no Club Méditerranée. Depois fez um mochilão pelo mundo em busca de autoconhecimento. Em pouco mais de um ano conheceu diversos países asiáticos, em especial a Índia, onde fundou uma paixão profunda pela yoga e pela meditação. No Brasil: morou, deu aulas de yoga e se formou como massoterapeuta, em Paraty, RJ. Foi nessa época que concluiu quatro cursos de dez dias de meditação Vipassana e se aprofundou na prática de Ashtanga Yoga. Hoje, ela está estudando Ashtanga Yoga no KPJAYI, em Mysore, Índia. E dá aulas de Ashtanga Yoga online.

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