Autoconhecimento

O que é felicidade e como alcançá-la?

Uma mulher sorrindo.
Rido / Shutterstock
Escrito por Eu Sem Fronteiras

O ser humano tenta compreender o conceito de felicidade desde os primórdios da humanidade. Seja através da filosofia, da psicologia, da religião ou mesmo do senso comum e significações de cada um, tem-se por objetivo entender o que é a felicidade e como alcançar essa tão desejada sensação.

São várias as definições e formas encontradas para chegar até ela, o que nos leva a um fato: não há uma fórmula exata para ser feliz. Aliás, você já encontrou sua felicidade? Sabe como defini-la? Neste artigo, mostraremos a diversidade de percepção sobre esse grande objetivo humano. Aproveite a leitura e entenda, definitivamente, o que é preciso para ser feliz.

O que significa felicidade?

Primeiramente é preciso deixar claro que não existe um consenso sobre o que é felicidade. Afinal, com a pluralidade humana foi possível desenvolver diferentes pensamentos sobre o tema.

Duas mãos segurando um pequeno papel amarelo que tem uma ilustração de um sorriso.
frimufilms / Canva

Em suma, a felicidade pode ser considerada como o estado pleno de contentamento. Ser feliz está diretamente relacionado à sensação de bem-estar e de sentido e valia da vida como um todo. E como ser feliz vai diferir para cada pessoa.

Para a psicologia

Na psicologia, é comum que se use a expressão “bem-estar subjetivo”, ao invés do termo felicidade, tendo em vista que ser feliz é diferente para cada indivíduo. Inclusive, o conceito de felicidade é visto de diferentes formas, de acordo com a vertente de estudo, então seria impossível citar todas aqui. Vamos, então, entender a base de duas teorias que se destacam: a Psicologia Positiva e a Teoria de Maslow.

Talvez você já tenha ouvido falar na famosa “pirâmide de Maslow”, na qual o psicólogo estabelece uma hierarquia de necessidades que podemos considerar essenciais para alcançar a própria felicidade. Na base da pirâmide estariam as necessidades fisiológicas, como comer e dormir; em seguida, viria a necessidade de segurança; um pouco mais acima, teríamos o nível das necessidades sociais (amor, amizade, família etc.); logo depois, viria a necessidade de sucesso e reconhecimento.

Por fim, no topo da pirâmide encontramos a realização pessoal, envolvendo conceitos como criatividade e auto aceitação. Para atingir o estado pleno de felicidade, então, seria necessário chegar ao topo dessa pirâmide, tendo saciado todas as necessidades anteriores.

Mas a teoria que se destaca, atualmente, é a da Psicologia Positiva, para a qual a felicidade plena depende de 5 elementos: emoções positivas, engajamento, relacionamentos positivos, propósito de vida e conquista. Para essa teoria, todos podem alcançar a felicidade e são oferecidas ferramentas para que se chegue à satisfação plena individual, com cada um traçando seu próprio caminho para a felicidade.

Para os filósofos

Desde a Antiguidade, o conceito de felicidade é estudado em diferentes vertentes da filosofia. Naquela época, pensadores gregos e romanos entendiam a felicidade de modo diferente de hoje. Para eles, tratava-se de uma busca mais objetiva em que era necessário incorporar valores à sua vida para que pudesse ser feliz.

Vejamos, por exemplo, como era a felicidade para Sócrates. O filósofo rompeu com a antiga ideia de que a felicidade estaria relacionada à satisfação das necessidades físicas. Para ele, ser feliz dependia de ter uma conduta justa e virtuosa. Portanto, para alcançar a felicidade seria necessário praticar o bem.

Uma pessoa doando dinheiro para um mendigo.
South_agency de Getty Images Signature / Canva

Entre os vários discípulos de Sócrates, um importante filósofo se destacou e deu continuidade ao pensamento de seu mestre sobre o tema. Estamos falando de Platão. A felicidade para Platão também partia do pressuposto de praticar o bem a fim de alcançá-la. Sua visão, no entanto, ia além do âmbito privado. O filósofo entendia que era dever do Estado proporcionar o bem e a felicidade ao seu povo.

A felicidade também foi foco de estudo na Idade Moderna, através de filósofos como John Locke, que definia a felicidade como um prazer duradouro, e Immanuel Kant, para quem a felicidade seria uma condição racional daqueles que tiveram todos os seus desejos concretizados. Posteriormente, e em contraposição a essa ideia, Bertrand Russel definia que, para ser feliz, seria necessário eliminar o egocentrismo.

Como a felicidade acontece no corpo?

Além dos estudos subjetivos, os cientistas também encontraram quatro hormônios que são responsáveis pela felicidade: dopamina, serotonina, endorfina e ocitocina. Esses hormônios da felicidade proporcionam uma sensação de bem-estar quando são emitidos pelo cérebro. Já quando estão em desequilíbrio, podem resultar em mau humor, estresse e insônia, relacionando-se com doenças como a depressão.

A dopamina é encarregada de funções como as endócrinas, de controle motor, cognição, humor e prazer. Ela está ligada à nossa motivação para cumprir um objetivo e receber uma recompensa por isso.

Diretamente relacionada ao emocional, a serotonina é liberada quando comemos algo gostoso ou temos relações sexuais, por exemplo. Alguns alimentos específicos podem ajudar nessa liberação, como ovo, nozes, cacau e queijo.

A endorfina proporciona conforto com sua ação analgésica, responsável por diminuir dores musculares e articulares. Através da prática de exercícios físicos é possível liberar essa substância.

Já a ocitocina é liberada quando estamos perto de pessoas que gostamos, além de possivelmente estar ligada à potencialização da libido.

Sobre ser feliz atualmente

Nosso atual sistema econômico se encarrega de encorajar o consumo desenfreado como uma prática comum. Mas será que felicidade e consumismo têm alguma relação? Muitas vezes consumimos para afirmar um status quo, para confirmar nossa identidade em um grupo ou até mesmo para amenizar um momento de crise, quando estamos tristes, ansiosos ou sentimos que falta algo.

Uma mulher segurando um cartão de crédito e sacolas de compras.
shironosov de Getty Images / Canva

Mas esse consumismo não necessariamente leva à felicidade. Ele serve mais para tapar um buraco momentaneamente. A própria ciência já alegou que o dinheiro não traz felicidade, portanto consumir em excesso também não.

É claro que aqui estamos falando de um modo geral. Afinal, em nossa sociedade é somente através do dinheiro que conseguimos o básico para o bem-estar físico, por exemplo, como alimentos ou uma moradia minimamente segura. Assim, o dinheiro em si não traz felicidade, mas pode se confundir com ela na medida em que aparece como um meio para saciar necessidades básicas e individuais.

Como alcançar a felicidade?

Chegar à felicidade plena é algo muito individual, mas podemos pensar em alguns aspectos básicos que podem ajudar qualquer pessoa a alcançar esse estado de permanente bem-estar. Seja qual for a forma, a felicidade plena só é vivida no aqui e agora. Não deve, portanto, ser um objetivo futuro, mas ser vivida no presente.

Entre as diferentes formas de ser feliz, existem 5 pilares da felicidade que podem te ajudar a vislumbrar se a felicidade tem sido presente na sua vida e como melhorá-la através deles:

  1. Harmonia com o outro: não é preciso amar todas as pessoas, mas conviver bem com elas, seja em família, no trabalho, entre amigos e desconhecidos, é importante para a manutenção do bem-estar. Afinal, ficar muito só pode levar a efeitos negativos, como o maior risco de suicídio.
  2. Ter um trabalho: muita coisa só é conquistada através do trabalho. Não à toa o desemprego pode ser um fator para desencadear ou piorar uma depressão, por exemplo. Então trabalhar com algo que te proporcione bem-estar e te dê acesso ao que você precisa é um bom motivo para ser feliz.
  3. Hobbies: é claro que a vida não é só trabalhar! É importante fazer atividades não remuneradas também, apenas pelo prazer de fazê-las. Cozinhar, desenhar, cuidar de plantas, praticar um esporte e dançar são alguns exemplos.
  4. Momentos de lazer: divertir-se, sozinho ou acompanhado, também é essencial! Aproveitar o fim de semana com a família, fazer uma viagem com os amigos, programar um dia especial com o seu amor, fazer uma leitura agradável nas horas vagas… Seja com o que for, divirta-se.
  5. Espiritualidade: não se engane, não se trata de ter uma religião. A espiritualidade pode ser encontrada de outras formas, sendo uma das grandes responsáveis pela sensação de bem-estar em pessoas felizes.

O que é felicidade para você?

Demos algumas dicas para ser mais feliz, mas lembramos que o significado da felicidade é subjetivo. O que te faz feliz pode não fazer o outro feliz e vice-versa. Assim, é importante pensar no que te faz feliz e rever seu cotidiano para entender o quanto a felicidade tem estado presente no seu aqui e agora.

Você também pode gostar

Caso você sinta que não é feliz, é possível compreender o que tem faltado e buscar formas, além das que mencionamos, para aumentar seus níveis de felicidade. Para isso, o autoconhecimento é essencial. Afinal, é verdadeira aquela máxima de que ninguém te conhece melhor que você mesmo. Então, pare e pense: o que te faz feliz hoje? Olhar para dentro de si é o primeiro passo da compreensão do que é felicidade para você. A partir daí, você é capaz de alcançar sua própria plenitude de bem-estar.

Sobre o autor

Eu Sem Fronteiras

O Eu Sem Fronteiras conta com uma equipe de jornalistas e profissionais de comunicação empenhados em trazer sempre informações atualizadas. Aqui você não encontrará textos copiados de outros sites. Nossa proposta é a de propagar o bem sempre, respeitando os direitos alheios.

"O que a gente não quer para nós, não desejamos aos outros"

Sejam Bem-vindos!

Torne-se também um colunista. Envie um e-mail para colunistas@eusemfronteiras.com.br