Empoderamento Feminino

Os grandes nomes femininos da ciência

Mulher escrevendo no quadro negro
Luckybusiness / 123rf
Escrito por Eu Sem Fronteiras

As mulheres contribuem para a ciência há muito tempo e muito antes de existir os movimentos de revolução feminista ou do Dia da Mulher. Mesmo com a desigualdade de gênero existente nesse ramo, as mulheres vêm cada vez mais tomando o seu espaço e lutando pelos seus objetivos para seguirem na carreira. Há quem duvide do seu potencial simplesmente pelo seu gênero e por estereótipos criados diante da figura feminina, mas a força de cada uma e a persistência em seus sonhos fazem com que todos fiquem boquiabertos com tamanha capacidade de inovar o mundo.

Não sei se você sabe, mas os precursores de algumas das pesquisas sobre temas como o estudo do DNA, energia solar e a radioatividade foram feitas por mulheres! Grandes descobertas sobre a radioatividade, o estudo da energia solar e algumas pesquisas que foram fundamentais para a produção de medicamentos eficazes no tratamento da leucemia e AIDS tiveram a contribuição de mulheres. O programa Para Mulheres na Ciência é um apoio e incentivo da L’Oréal em parceria com a ABC (Academia Brasileira de Ciências) e com a UNESCO, que reconhece o trabalho das mulheres no campo da ciência e acredita que elas podem melhorar o mundo com suas criações e com sua inteligência.

Separamos aqui uma lista com 10 mulheres que revolucionaram o mundo da ciência com seus estudos e descobertas:

1- Marie Curie (1867 – 1934)

Polonesa e naturalizada francesa, Marie foi uma física e química que conquistou o seu espaço na sua época e é lembrada até hoje como grande inspiração para muitas mulheres. A “mãe da Física Moderna”, como ficou conhecida, descobriu os elementos rádio e polônio e contribuiu de forma grandiosa no campo da radioatividade. Marie foi a primeira pessoa e única mulher a ganhar dois prêmios Nobel em áreas diferentes: em 1903, ganhou o prêmio de química, e, em 1911, em física.

2 – Ada Lovelace (1815 – 1852)

Pintura da matemática Ada Lovelace
Emgravey / Wikimedia Commons

Ada foi uma escritora inglesa e matemática. É reconhecida por ter sido a primeira programadora no mundo inteiro a ter escrito o primeiro algoritmo que seria processado por uma máquina. Ela revolucionou o mundo com sua pesquisa em motores analíticos e, com isso, tornou-se responsável pela ferramenta usada como base para a invenção dos primeiros computadores. Os primeiros algoritmos conhecidos mundialmente são frutos de suas observações sobre os motores.

3 – Elizabeth Arden (1884 – 1966)

Aposto que você conhece esse nome… sim! É o nome dado a uma linha de perfumes e isso não é pura coincidência! As primeiras fórmulas de produtos de beleza foram criadas por Elizabeth. Enfermeira por formação, criou cremes para queimadoras na cozinha de sua casa no início da sua carreira, usando apenas leite e gordura como ingredientes. Em seguida, passou a estudar sobre a receita do creme hidratante ideal. Assim nasceu a criadora de uma das mais renomadas empresas de cosméticos de hoje em dia.

4 – Nise Silveira (1905 – 1999)

Foto da psiquiatra Nise Silveira
Alexandre Sant’Anna / Veja Saúde

Brasileira, Nise dedicou a sua vida à psiquiatria, cursando medicina aos 21 anos na Faculdade de Medicina da Bahia, foi a única mulher entre 157 homens da turma. A psiquiatra ficou conhecida por contrariar os métodos agressivos de tratamento que eram convencionais na época, como confinamento, lobotomia, eletrochoque e camisas de força. No lugar de métodos que aprisionavam os doentes, Nise dava tintas e telas brancas para que pudessem fazer arte. Alguns dos trabalhos dos seus pacientes foram reunidos no Museu de Imagens do Inconsciente, ganhando projeção internacional.

A médica psiquiatra teve o seu trabalho reconhecido e recebeu diversas premiações e títulos, além de ter sido incluída em 2015, na lista de grandes mulheres que marcaram a história do Rio de Janeiro.

5 – Rosalind Franklin (1920 – 1958)

Rosalind foi uma química britânica responsável pela descoberta da estrutura do DNA. Ela é conhecida por ter conseguido, com o seu trabalho e conhecimento, dominar técnicas de cristalografia de raios X e, assim, criar imagens da difração de raios X do DNA, o que contribuiu para a descoberta da dupla hélice do DNA, que fez com que James Watson e Francis Crick recebessem em 1962 o prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina. Franklin nunca foi premiada pela sua descoberta e faleceu por causa de um câncer, fruto da sua grande exposição à radiação.

6 – Virginia Apgar (1909 – 1974)

Médica norte-americana, Virgínia se especializou em obstetrícia e anestesiologia. Criadora do teste chamado Escala Apgar ou Índice de Apgar (teste aplicado duas vezes após o nascimento de um bebê para avaliar a mudança de um recém-nascido fora do útero da mãe), a médica revolucionou a rotina de atendimentos aos bebês reduzindo grandiosamente o índice de mortalidade infantil. Tornou-se a primeira professora de anestesia aos 28 anos e chefe do Columbia Presbyterian Hospital.

Obs.: É válido enfatizar que a Escala Apgar é utilizada até hoje!

7 – Vera Rubin (1928 – 2016)

Foto da astrônoma Vera Rubin
Vassar College / Carnegie / UFMG

Vera foi uma grande astrônoma americana que estudou a fundo as taxas de rotação, as curvas e o movimento das galáxias. A partir de seus estudos e de suas pesquisas, a astrônoma conseguiu comprovar a existência de matéria escura no Universo e ainda contribuiu mostrando que a velocidade da rotação em determinadas regiões das galáxias é maior do que a que seria produzida por suas próprias estrelas. Vera foi homenageada com o Asteroide 5726 Rubin, que carrega o seu sobrenome.

8 – Florence Sabin (1871 – 1953)

Florence foi uma grande cientista médica e a primeira mulher a conquistar uma cadeira na Universidade Johns Hopkins. A cientista concentrou os seus estudos e pesquisas no sistema linfático e nos vasos sanguíneos do corpo humano, aprofundando-se também na busca do controle da tuberculose. Além de sua dedicação à medicina, Florence era militante pelos direitos das mulheres.

9 – Gertrude Belle Elion (1918 -1999)

Foto da bioquímica Gertrude Belle Elion
GlaxoSmithKline plc / Wikimedia Commons

Gertrude foi uma bioquímica que criou remédios para aliviar os sintomas de algumas doenças, como AIDS e leucemia. Os métodos utilizados pela bioquímica eram totalmente inovadores – seus medicamentos inibiam ou matavam a produção de organismos capazes de causar doença em um hospedeiro, sem causar dano algum às células que já estavam contaminadas. Por tal feito, o trabalho de Gertrude foi reconhecido em 1988, quando ganhou o prêmio Nobel de medicina.

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10 – Johanna Döbereiner (1924 – 2000)

Engenheira agrônoma brasileira, Johanna foi pioneira em biologia do solo realizando pesquisas que fizeram do Brasil o país pioneiro na produção de soja. Além de suas pesquisas inovadoras, a agrônoma desenvolveu o proálcool, que é um combustível produzido a partir da cana-de-açúcar. Grande parte da população tem acesso a alimentos mais baratos por causa do seu estudo sobre a fixação do nitrogênio, o que lhe rendeu, em 1997, uma indicação ao Nobel de química.

Podemos ver que o sexo frágil, como as mulheres são conhecidas, não é tão frágil assim! As mulheres fizeram e fazem história na ciência e, por mais que sejam reprimidas, seguem surpreendendo o mundo com os seus feitos e dão a volta por cima sempre. Não é preciso ser um homem para ser um bom cientista, é preciso de talento e força de vontade. Elas cada vez mais vêm ganhando espaço no ramo científico e não há nenhuma dúvida de que elas podem transformar o mundo!

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