Autoconhecimento Comportamento

Questionar é preciso

Escrito por Giselli Duarte
Cada vez mais estamos sendo bombardeados com informações. Muitas delas são completamente irrelevantes e não fazem sentido algum. Todavia, estamos entrando em uma era em que será cada vez mais difícil assimilar o que é bom e o que é descartável. Por isso, adquirir sabedoria é preciso!

Minha sábia mãe sempre falou e até hoje ressalta que equilíbrio e inteligência são fundamentais em nossa vida. Vejo a importância dessa referência todos os dias. Ela tem total razão.

Precisamos nos atentar e filtrar tudo o que chega até nós. Não apenas no que se refere a assuntos socioeconômicos, políticos, ambientais e profissionais mas também a assuntos relacionados à espiritualidade, religião e terapias integrativas.

Homem com lâmpadas

Além das invenções criativas no mundo das fake news, também existem invenções intituladas de técnicas curativas nas mais variadas formas de práticas holísticas. Ultimamente tenho conhecido muita gente desiludida com muitas ferramentas criadas e distribuídas nesse mercado, em forma de cursos livres e sessões individuais. Além disso, também são vistos muitos termos oriundos da ciência, copiados fora de contexto para reafirmar técnicas pseudocientíficas sem qualquer conhecimento real sobre o que está sendo apresentado.

Infelizmente tem um número absurdo de pessoas caindo nesse charlatanismo todo. Com a esperança de obter uma cura fake, muita gente parcelou o que não tinha para participar do regresso da manada alternativa. A gente vê esse tipo de enganação em todo lugar, só muda o nome e o “mercado”.

Por que isso vem acontecendo?

Não é novidade para ninguém que é do ser humano tentar encontrar uma resposta e um significado para tudo em sua vida. É de nós, seres humanos, a sede de dar um sentido à vida e entender o funcionamento das coisas. E mais: buscar acolhimento nos momentos de aflição e criar uma identidade com aquilo que achamos que somos e afinidades com aquilo que queremos nos tornar.

Não há nada de errado em buscar ser uma pessoa melhor, mudar hábitos nocivos para comportamentos construtivos e praticar atividades e terapias para o crescimento integral do indivíduo. Muito pelo contrário, é louvável quem assim o faz!

Errado está na atitude daqueles que enganam! Não existe nada mais cruel do que enganar alguém que precisa de ajuda, seja porque está enfermo ou quaisquer outros motivos tão graves quanto.

Crianças na floresta

Estamos sempre passando por momentos turbulentos no mundo: guerras, epidemias, depressões econômicas, violência, catástrofes e tantas outras situações ruins. Além dessas, ainda passamos por outras questões pessoais, mentais e espirituais. Há quem diga que viver é uma grande batalha. E é mesmo! Por isso, quando a gente encontra algo que nos traz conforto a gente logo se apega naquilo. Seja uma religião, filosofia, grupos, clubes e até ponto de vista. É difícil de admitir, mas o mundo é carente. Qualquer espirro de paz e amor é acalanto para o coração.

E é aí que muita gente má entra em cena. Inventam e distorcem TANTAS coisas para que todos acreditem. E isso é tão triste! Até mesmo para quem o faz.

O que fazer para não cair nessas ciladas, Bino?

Meus queridos, viver neste mundo não é uma tarefa fácil. Em primeiro lugar, precisamos constantemente nos fortalecermos de dentro para fora. Pedir proteção e discernimento ao Altíssimo, que sabe todas as coisas!

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Em segundo lugar, adquirir sabedoria. Filtrar as informações que chegam até nós. Praticar o questionamento sobre aquilo que está sendo proposto. Quer experimentar uma técnica nova? Tudo bem, vai lá. Mas pesquise, estude, procure saber se aquilo tem pesquisa de fonte 100% confiável, se é idôneo. Se tiver comprovação científica, então show!

Ah, e cuidado, porque até revistas que parecem ser sérias podem ser tendenciosas.

Acredite, nenhum profissional sério fará você abandonar tratamentos e remédios alopáticos alegando que o que ele faz com as terapias dele é curativo e blablablá. Ninguém em sã consciência pode suspender nenhum tipo de tratamento médico (a não ser o próprio médico), e muito menos alegar cura baseada em terapias alternativas. Se você ouvir isso de alguém, fuja para as montanhas o mais rápido que puder!

Criança sentada no chão

Recomendações finais

Quer fazer algo em complemento com o seu tratamento convencional? Faça, mas tenha sempre o pensamento crítico em alerta.

Exemplo: uma pessoa que tenha hipertensão. Essa pessoa PRECISA tomar os remédios alopáticos diariamente, se consultar com o cardiologista e fazer exames periódicos. Se essa pessoa quiser, ela pode COMPLEMENTAR em seu tratamento alguma terapia alternativa: Fazer yoga, meditação, tomar florais, mas de forma alguma suspender a medicação, pelo amor de Deus!

Quando uma dessas afirmações estiver inserida dentro de uma “oferta de curso/sessão brilhante”, acenda a luz da sabedoria aí: curativo 100% eficaz, garantido, reprograme seu DNA, retorno rápido…

Se na era da informação questionar é preciso, então questione, questione, questione!

Sobre o autor

Giselli Duarte

Nunca fui alguém que se contenta em observar a vida passar. A inquietação sempre pulsou em mim, guiando-me a atravessar caminhos diversos, por vezes improváveis, mas sempre significativos. Não se tratava de buscar respostas rápidas, mas de me deixar ser moldada pelas perguntas.

Meu primeiro contato com o trabalho foi aos 14 anos. Não era apenas sobre ganhar meu próprio dinheiro, mas sobre entender como o mundo se movia, como as relações de troca iam além de cifras. Com o tempo, percebi que meu lugar não seria apenas cumprir horários, mas criar algo próprio. Assim, aos 21, nasceu meu primeiro negócio, registrado formalmente. Desde então, empreender tornou-se tanto profissão quanto paixão.

Mas, por trás dessa trajetória profissional, sempre existiu uma busca interior que muitas vezes precisei calar para priorizar o mundo exterior. Foi somente quando o cansaço me alcançou na forma de burnout que entendi que não podia mais ignorar a necessidade de olhar para dentro. Yoga e meditação não foram apenas escapes, mas verdadeiras reconexões com uma parte de mim que havia sido negligenciada.

Foi nesse espaço de silêncio que descobri o quanto a curiosidade que sempre me guiou podia ser dirigida também para dentro. Formei-me em Hatha Yoga, dentre outras terapias integrativas, e comecei a dividir o que aprendi com outras pessoas, conduzindo práticas e compartilhando reflexões em plataformas como Insight Timer e Aura Health. Ensinar, percebi, é uma das formas mais puras de aprender.

A escrita foi um desdobramento natural desse processo. Sempre acreditei que as palavras possuem a capacidade de transformar não só quem as lê, mas também quem as escreve. Meus livros, No Caminho do Autoconhecimento e Lado B, são registros de uma caminhada que não se encerra, mas que encontra sentido na partilha. Participar de antologias poéticas também me mostrou a força do coletivo, de somar vozes em algo maior.

Cada curso que fiz, cada desafio que enfrentei, trouxe peças para um mosaico em constante formação. Marketing, design, gestão estratégica – cada aprendizado me preparou para algo que, na época, eu ainda não conseguia nomear. Hoje, entendo que tudo se conecta.

Minha missão não é ensinar verdades absolutas, mas oferecer ferramentas para que cada pessoa possa encontrar suas próprias respostas. Seja através da meditação, da escrita ou de uma simples conversa, acredito que o autoconhecimento é um processo contínuo, sem fim, mas cheio de significado.

E você, o que tem feito para ouvir as perguntas que habitam em você? Talvez nelas esteja o próximo passo para um novo horizonte.

Curso
Meditação para quem não sabe meditar

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