Autoconhecimento Convivendo

Saber gostar de si mesmo no pior momento

Mulher abraça a si mesma
Anastasia Vish / 123RF
Escrito por Vander Luiz Rocha

Eis que hoje há megalópoles que não se sustentam; visitar entes queridos não é mais um ato de amor; o afago tornou-se arma; as festas são festins macabros; o lar acolhedor transformou-se em prisão. Notícias alarmantes alimentam o pânico e o desespero se avizinha ostentando-se como depressão e ansiedade.

Nem todos de nós estão preparados para esse momento de transformação, porquanto, com a calamidade assolando, vemos a aflição mascarada nas extrapolações de pessoas a valorizar o efêmero, a desdenhar do correto, desprezando o acerto, em maus exemplos de autoridades; é como se de tão nervosos estivéssemos, passássemos a gargalhar.

Estamos inseguros e com medo, o nosso exterior fragilizou-se e o íntimo pede socorro. O momento atual nos propicia buscar conhecimento sobre nós; lapidar nossas incorreções para nos alavancar na escala espiritual pelo amor a si como indivíduo.

O amor-próprio, não aquele alimentado pela vaidade e pelo egoísmo, mas o que afaga a alma, é o que nos eleva como espírito ao propósito divino do nosso renascer aqui e que nos dá força para acreditar que somos capazes de superar esses reveses.

Aproveitemos da solidão que o momento oferece para aprender o fato de que gostar de si mesmo é nos poupar das atitudes inadequadas, das práticas morais não saudáveis. É não nos esquivando da virtude ao nos dar aos prazeres profanos que conseguiremos evitar escolhas prejudiciais e saberemos nos distanciar de crenças e de coisas não saudáveis.

Aprendamos que quem não ama a si mesmo não é capaz de amar a outrem e que o amor não é buscado em outra pessoa, pois ele já está em nós e o despertamos quando passamos a nos querer bem. Aliás, sentiremos que, conforme amamos a nós mesmos, vamos aos poucos nos permitindo ter a leveza de consciência. O amor-próprio é o alicerce para a evolução espiritual, propiciando a quem se estima o alvorecer na plenitude da vida.

Higienizar as mãos é importante, entretanto havemos de higienizar também a mente, não permitindo que ambientes psicológicos doentios nos conturbe.

Pessoa lava as mãos com sabonete em barra.
cottonbro / Pexels

Devemos ser conscientes de que não somos donos do planeta. A Terra é nossa hospedeira e tudo que nos é permitido o é por empréstimo e, portanto, teremos de devolver quando deixarmos o terreno.

Entenderemos que somos partes integrantes da natureza, nunca proprietários dela. O algodão é necessário para nos vestir assim como a lã das ovelhas, as quais não existem para enriquecer alguns.

Precisamos do alimento que os grãos nos permitem ter, contudo não é necessário devastar para conseguir o necessário.

A autoestima nos alerta em relação ao cuidado de que devemos ter para com o nosso caminho de aprendizado, porquanto a nossa sintonia interior se dá com aquilo que nos for compatível. É esse o vetor que nos aponta como nos fazer melhor.

Ser melhor em si é a autêntica autoestima.

Pelo amor-próprio, entenderemos a razão espiritual do viver terreno e a atualidade pandêmica nos será amena. Nós somos sementes plantadas por Deus, cada uma no canteiro que lhe for propício ao crescimento, amemo-nos para que nossas raízes não sejam corroídas pelos vermes.

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Obrigado por me ouvir.

Sobre o autor

Vander Luiz Rocha

Nascido em Conselheiro Lafaiete–MG em 19/09/1939, é um escritor e palestrante brasileiro, conhecido por suas contribuições na área de literatura e desenvolvimento pessoal. Com uma abordagem que combina a arte de dissertar, usando técnicas de roteiristas e escritores para transmitir uma mensagem de forma inesquecível com reflexões profundas sobre a vida, ele visa inspirar e motivar seu público através de suas obras e palestras.
Como autor, aborda temas variados, desde ficção até não ficção, sempre buscando transmitir mensagens que promovam o autoconhecimento e a superação.

Suas palestras costumam ser dinâmicas e envolventes, permitindo que os participantes se conectem com suas experiências e aprendizados.
Além de sua atuação como escritor e palestrante, Vander também é colunista em portal web e está envolvido em projetos sociais ou iniciativas que visam impactar positivamente a comunidade.

Seu trabalho é uma combinação de criatividade, empatia e um forte desejo de auxiliar os outros a encontrarem seu próprio caminho.

Suas obras são:
1. Manual do Passe Espírita;
2. O Andarilho do Cosmo. (Metáfora sobre o caminhar do espírito);
3. Confluências–Coletânea de novelas. (Ou macrocontos);
4. Voltei, Quero Viver. (História contada por um abortado);
5. Deixo-lhe a Rosa;
6. O Baile do Palhaço;
7. Alma maculada;
8. A Noite da Formatura (Espiritualista)
9. Escapando da Paranoia. — Relata momentos difíceis vividos nos dias da ação militar em 1964;
10. Acidente no Motel;
11. Ady-Hes: A Missão;
12. Um Artista Brilhante;
13. Seja Bem-vindo, Filho!

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