Autoconhecimento

Série – Consciência em Transformação Artigo 6 – A purificação

Mulher branca com as mãos no peito.
Eugene Zhyvchik / Unsplash
Escrito por Anna Maria Oliveira

“Eu preciso decidir se quero morrer autenticamente para o meu passado ou morrer sem autenticidade, preso a uma forma passada que me fará ficar estagnado”. – Ira Progoff

Durante a purificação, tudo o que aconteceu antes parece uma preparação.

Nessa fase, tudo o que é velho é transformado. É preciso deixar que as coisas aconteçam. A purificação é diferente da resistência, porque tem menos que ver com o ser e mais que ver com o confronto dos fragmentos da nossa psique que ainda não se adaptaram ao novo “programa”.

As questões da forma antiga não vão mais ser debatidas durante a purificação. Na verdade, elas são literalmente dissolvidas.

Essa etapa pode ser a parte mais dolorosa e solitária do processo, porque as velhas crenças e os velhos medos voltam à tona muitas e muitas vezes para serem eliminados.

Vemo-nos frente a frente com questões que pareciam resolvidas.

Descobrimos que, se conseguimos examinar parte das questões que estávamos preparados para tratar durante as etapas anteriores do processo, agora a psique está bastante fortalecida para transformá-las.

Somos forçados a não apresentar resistência ao desafio que trouxemos para enfrentar nesta vida.

A purificação exige a transmutação e a confrontação total. É o momento de morrer para o velho, de testar a nossa fé em nossa orientação. Quando o fogo da purificação está nos testando, é bom lembrar que é um fogo sagrado que vai queimar nossas limitações passadas.

Mulher sentada de costas numa praia.
Artem Kovalev / Unsplash

Importante lembrar que se trata de um processo, não daquilo que você é. Você é o ser que está passando pelo processo. Você é o ouro, não o processo.

A sua busca, o seu fogo e a sua disciplina são apenas os meios por meio dos quais você se torna aquilo que sempre foi. Esse é um caminho antigo e sagrado.

Dentro de você existe o Graal, cujo mistério é este: à medida que você o esvazia dentro do mundo, ele vai se enchendo, cada vez mais.

O Graal que você cria não pode ser destruído e o seu vinho doce vai mitigar a sua sede para sempre.

Chegar ao estágio de purificação significa que você está fazendo a coisa certa.

Significa que crescemos o suficiente e que o nosso ego está bastante seguro para lidar com a outra parte da inconsciência.

No momento em que decidimos desafiar a autoridade de uma crença, colocamos em movimento a energia que conduzirá à sua morte. Quando nos comprometemos com uma verdade superior, o mesmo princípio de magnetismo força a antiga crença, começando a levar até você a nova experiência e a nova informação.

A purificação queima inteiramente o passado. Ela nos liberta de qualquer perigo ao qual nos nossos velhos modelos possam nos prender outra vez e nos prepara para a rendição total que vem a seguir.

Uma grande parte do processo de recordar nossa totalidade e depois vivê-la é exatamente isso: esvaziar, deixar sair, morrer.

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Quando a identidade se desloca do ego para o Espírito, as sombras se tornam aspectos de nós que necessitam de amor, não de julgamento. Quando fugimos da sombra, estamos dando a ela poder sobre nós. Quando a encaramos e abraçamos, estamos retirando esse poder, nós lhe negamos autoridade.

Aprendemos a olhar com olhos abertos e limpos toda a escuridão.

Práticas para ajudar nesta etapa:

Experimentar sua honestidade e sua paciência: as coisas não são o que parecem. Seja paciente consigo mesmo. Seu amor-próprio é a luz que deve ser levada para dentro da escuridão. A paciência nos libera da opinião do que pode ser bom ou não para outra pessoa.

Experimentar a gratidão sem restrição: a gratidão cria uma combustão de energia que revigora as nossas células vitais. Ela destrava o processo de purificação. Agradecer a todos e a tudo sem restrição.

Experimentar o perdão para ser livre: as pessoas que não foram perdoadas por nós estão vivendo conosco tão intimamente quanto a nossa respiração.

O primeiro passo para o perdão é conhecer exatamente aquele ou aquilo que precisa de perdão.

Observar se a criança que vive dentro de você se ressente de alguma memória do passado; em relação ao seu pai ou mãe, por exemplo.

O segundo passo é examinar as implicações da mágoa original. Busque apoio profissional para ajudar você. Ser gentil consigo faz parte da concessão do perdão.

Mulher asiática meditando.
 Luemen Rutkowski / Unsplash

O terceiro passo é tomar a decisão de se liberar. A conscientização é o passo inicial, mas não é o perdão. Perdoar é dissipar toda a energia que há em torno da dor.

Permita-se, aos poucos, dissolver a dor, a mágoa! Procure apoio especializado, caso não consiga fazer isso sozinha.

Purificar e perdoar si mesma, confiando no processo de autotransformação, vai levar você à próxima etapa… à entrega!

Aguarde o último artigo da série.

Prática meditativa para te inspirar: Controle e desapego

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Boas experiências reflexivas!

Abraço carinhoso repleto de Paz!

Anna Maria de Oliveira

Sobre o autor

Anna Maria Oliveira

Idealizadora de abordagem personalizada para ensino e prática de Meditação e Yoga com crianças e jovens. Fundadora, Professora e Curadora de Projetos da Academia Confluência. Autora do E-book " Como ajudar crianças a relaxar - Práticas lúdicas com crianças de 06 a 10 anos", roteirista e narradora de meditações guiadas.

● Coordenadora Pedagógica no Terceiro Setor.
● Ministro aulas, cursos, palestras e vivências em desenvolvimento humano.
● Praticante de Meditação Raja Yoga e Hatha Yoga.

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