O que fizemos com Deus? Por que essa palavra foi tão banalizada pelos povos?
Deus, ao longo da história, foi representado das piores formas. Primeiro como um ser vaidoso, agressivo e violento, que exigia sacrifícios e holocaustos e depois como um senhor severo e disciplinador, que adorava legislar, assim por diante. Deus já foi pai, já foi mãe, já foi pai-mãe, enfim, esteve sempre distante, transcendente, em um trono qualquer, nos vigiando de alguma forma.
Quantos altares luxuosos já não foram construídos para ele? Quantos rituais inócuos não foram criados para reverenciá-lo? Por que achamos que isso o agradaria?
O Apóstolo João dizia que aquele que não ama, não conhece Deus, porque Deus é amor. Talvez essa seja a definição mais verdadeira encontrada na antiguidade: O amor é Deus!
Como encontrar Deus, que é amor, se tudo que usamos nessa empreitada é o ódio? Temos verdadeiro ódio por nós mesmos, pois nos consideramos pecadores, fracos, incapazes, feios, frágeis, enfim, a lista de predicativos é imensa. Essa nossa baixa autoestima nos conduz à uma vida miserável, de angústias e flagelações, culpas e remorsos, provocadas pela difícil adequação aos ditames de Deus, nos fazem sentir contaminados pelo pecado e isso acaba criando uma distância imensa.
Essa postura negativa é responsável por uma separação absurda, cria uma divisão ilusória entre o homem e Deus (que é ele mesmo). Esse é o verdadeiro significado da expulsão do paraíso.
O amor, Deus, está em nossa essência, mas não pode desfazer a substância daquilo que impera em nosso ser, não pode destruir o ego, pois o próprio ego precisa eriçar-se no fogo da Consciência verdadeira de si mesmo.
Será que precisamos aprender a amar para alcançarmos Deus? Não, meus amigos, já somos amor, já somos deuses, como o oceano pode pensar que precisa ser líquido para ser o oceano?
O Universo é uma espécie de degradê que apresenta diferentes matizes de luz e cor, desde as mais pesadas e carregadas até as mais sutis. Se você se identifica com a escuridão e se ajusta aos níveis mais profundos desse abismo, saiba que existe uma ‘força estranha’ trabalhando incessantemente para levá-lo em direção à luz. Quanto menor for a sua resistência, mais rápida será a sua ascensão. Por isso é preciso entregar-se aos imperativos da Vida, confiar nessa força, aceitar as proposições da existência e agradecer, a cada momento, pelas lições que essa força, Deus, Amor, Vida, estiver te oferecendo.
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Essa força é você, ele, eu, todos nós! Tudo aquilo que acontece em sua vida faz parte de um processo natural de expansão. Pode ser doloroso, desconfortável, mas não deixa de ser natural. Apenas observe, você veio aqui para testemunhar, não transforme os eventos da existência em bagagem, livre-se deles.
Você não é aquilo que acontece, você é aquele que observa o acontecimento.
Você é o único Deus que irá conhecer.