Autoconhecimento

A era da intolerância

Escrito por Giselli Duarte

Ultimamente venho notado a quantidade de pessoas que vêm sendo intolerantes umas com as outras. Intolerância para com a diferença de opinião, vivência, círculo social, cultural, orientação sexual, religiosa, alimentar, dentre tantos outros fatores.

Ao observar o indivíduo intolerante para com a diferença e diversidade do próximo, muito se pode conhecer sobre aquele que emite a opinião do que propriamente aquele que é confrontado.

Vamos imaginar um espelho à nossa frente. Agora, vamos ampliar esse espelho para tudo aquilo que está em nossa volta. E agora para o mundo. A partir de agora, podemos ter ciência de que tudo aquilo que nos permeia é cercado pelo nosso próprio reflexo. Ou seja, o mundo como vemos não é necessariamente o mundo como ele é, mas sim a partir da nossa própria percepção, baseada em valores, experiências próprias e crenças arraigadas, o visualizamos e vivenciamos com um olhar enraizados por aquilo que acreditamos ser o certo ou o errado. A dualidade. O pré-conceito.

O mundo como vemos não é necessariamente o mundo como ele é, mas sim a partir da nossa própria percepção.

Tudo aquilo que é desconhecido, é, portanto, extraordinário e fora do comum para aquele que não teve a mesma experiência de alguém que já tenha vivido alguma situação.

Em geral, quando um indivíduo se abstém de ver a realidade do outro a fim de experienciar uma percepção diferente daquela que sempre vivenciou, muitas vezes julga a condição do próximo como errada, colocando a sua própria experiência e conhecimento como absolutos. Quando isso ocorre, detectamos o que chamamos de intolerância, que segundo o Wikipédia, é uma atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças em crenças e opiniões.

Obviamente não estamos pontuando todas as pessoas que possuem vivências distintas, mas sim referindo-nos aos que possuem essa diferença e muitas vezes desrespeitam tudo aquilo o que julgam diferente do seu convívio habitual.

Agora que identificamos um ser intolerante ao “diferente” do seu habitual, como lidamos com as críticas e os confrontos?

Na maioria das vezes em que o indivíduo intolerante expressa sua opinião com a finalidade de atacar o outro, ele nunca está só. Geralmente, está cercado por uma espécie de plateia. Às vezes essa plateia partilha da mesma opinião do indivíduo intolerante, pois essa é uma forma dele fundamentar o seu ponto de vista.

A pessoa que é confrontada quase sempre se sente ofendida e em muitos casos passa a reagir diante de uma opinião expressada pelo outro. Todavia nesses casos é possível responder ao invés de reagir. É o agir com sabedoria.

Em primeiro lugar, a paciência é uma das virtudes dos sábios e precisa ser colocada em prática diariamente, e em especial, nessa situação.

Em segundo lugar, ao tomar a consciência de que o mundo é um reflexo daquele que o interpreta como uma representação, e não o que de fato é, nota-se que na realidade aquele que emite a opinião errônea, e muitas vezes discriminatória, é uma vítima de suas próprias crenças limitantes.

Aquele que fora confrontado por uma opinião intolerante, ao responder a afronta com sabedoria, pode se colocar em um lugar de um empata e compreender que o outro muitas vezes, sem saber, clama por ajuda, e essa forma de pedir por socorro é chamar a atenção para ele se colocando como um ser superior, julgando tudo aquilo que não conhece, como algo estúpido. Esse clamor pode estar ligado ao assunto em questão, ou não.

Quando alguém vem com mil pedras nas mãos para nos atacar, tendemos a atacá-lo de volta. É exatamente aqui que podemos aprender com uma das inúmeras lições ensinadas por Jesus Cristo: a de dar a outra face.

E ao dar a outra face, podemos também entender que, mesmo parecendo ser bem desafiador, enquanto ofendidos, podemos responder a ofensa com amor e afeto ao próximo.

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Compreender que muitas vezes não somos exatamente a nós quem o indivíduo confronta, mas sim com seu próprio reflexo projetado no mundo, nas pessoas, em nós.

Através do silêncio, e não da reação imediata, podemos responder para que a vida siga seu fluxo natural de paz.

Sobre o autor

Giselli Duarte

Sempre fui movida pela busca por novos aprendizados.
Minha trajetória percorreu diferentes áreas, desde a carreira corporativa até experiências pouco convencionais, como um curso de DJ. Essa diversidade ampliou minhas perspectivas e me trouxe a compreensão de que cada fase contribui para o trabalho que realizo hoje.

Com espírito empreendedor desde cedo, comecei a trabalhar aos 14 anos como jovem aprendiz e, aos 21, legalizei meu primeiro negócio. Desde então, criei e participei de projetos diversos, sempre unindo consistência e visão estratégica.

Atuei como profissional PJ em projetos para empresas de diferentes setores, incluindo engenharia, startups, agências de comunicação e administração de condomínios, conciliando o empreendedorismo com projetos fixos. Essa experiência trouxe visão prática sobre diferentes modelos de negócios e a capacidade de orientar profissionais em diversos momentos da carreira.

A experiência com o burnout transformou a forma como conduzo minha vida e minha atuação profissional. Encontrei no Yoga e na Meditação o caminho de reconexão, o que me levou à formação em Hatha Yoga e à especialização em terapias naturais.

Compartilho esse conhecimento como colunista no Portal Eu Sem Fronteiras e como instrutora de meditação nas plataformas Insight Timer e Aura Health, onde também atuo como podcaster, oferecendo práticas que ajudam a cultivar presença e equilíbrio.

Como autora, publiquei os livros No Caminho do Autoconhecimento e Lado B, registrando reflexões e vivências que me conduziram a um olhar mais consciente sobre a vida.

Sou graduada em Marketing, pós-graduada no MBA em Gestão Estratégica de Negócios, com especializações em Design Gráfico e Inteligência Artificial aplicada a Growth Marketing. No momento, estou concluindo duas pós-graduações, uma em Inteligência Emocional e outra em Psicanálise.

Concluí também a Formação de Instrutores de Yoga para Crianças, Jovens e Yoga na Educação, ampliando minha visão sobre o bem-estar em todas as fases da vida.

Hoje, à frente da Terapeutas Digitais, auxilio profissionais da área terapêutica a fortalecerem suas marcas e a se posicionarem no digital de forma consciente e coerente com seus valores. Atuo como mentora de negócios, incentivando e conduzindo profissionais no caminho do empreendedorismo ao longo da minha trajetória. Atualmente, também sou mentora da RME – Rede Mulher Empreendedora, ampliando esse propósito.

Acredito que negócios alinhados com quem somos têm mais impacto e significado. É assim que escolho atuar e é esse o caminho que sigo construindo.

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Meditação para quem não sabe meditar

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