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A saga em busca do feminino

mulher de vestido vermelho no campo
ionasnicolae / Pixabay / Canva
Escrito por Elaine Pera

Acredito que todas nós, mulheres, em algum momento da vida, cedo ou tarde nos deparamos com questionamentos mais profundos sobre o feminino. A minha busca começou por volta dos 30 anos, com alguns livros como “As Brumas de Avalon”, “A Deusa Interior”, “O Herói e a Deusa”, “She” (da tríade “He”, “She”, “We”) e o não menos maravilhoso “Mulheres Que Correm com Lobos”.

Toda essa pesquisa foi voltada ao meu mestrado de Florais sobre o feminino e as Deusas que habitam na psiquê das mulheres; cada uma delas com sua dor e sua glória. Nessa época, alguns filmes como “Colcha de Retalhos” e a “Voz do Silêncio” falaram fundo dentro de mim. Os trabalhos xamânicos de cura do feminino, das marcas de um passado distante, mas nem tanto, em que o papel da mulher se transformou em mera “dependente” na sociedade.

Lembro-me de chorar e me emocionar com um trecho do livro “Eternamente Isis” e com todas as histórias que tocam no nosso coração sedento de libertação. Às vezes, parece que temos ainda muito pela frente, pois como encontrar um papel de força no feminino, rodeadas por frases, crenças e valores em que a vitória está associada a conquistas, ao empoderamento e à força bruta?

A certeza é que não é natural que, para ser vista e reconhecida, a mulher seja julgada com base em valores e qualidades masculinos, principalmente no mundo do trabalho e na sociedade; pois, segundo o que consta, a chamada “sensibilidade” ou “intuição” pode ser prejudicial aos negócios e à fortuna. Resta perguntarmo-nos de que fortuna e de que luta estamos falando, já que a sociedade guerreira tem seus dias contatos.

Quando admiro a carta 11 – A Força, no Tarot, consigo uma pequena conexão com a real beleza e coragem do feminino, que abre a boca do leão com doçura e inteligência e faz da fera seu amigo mais fiel. Apesar de tudo, temos sorte, pois agora vivemos numa época em que a energia do número 2 passou a reger, ou seja, cumprimos o papel do número 1 até 1999 e, a partir do ano 2000, começamos a transitar para a volta da Mãe.

Penso que, como 22 são as cartas do Tarot e os caminhos da Kabalah, estamos findando neste ano o primeiro ciclo, aquele marcado pelo reencontro com valores voltados à natureza, à terra, ao colo, ao alimento, à sensibilidade e à beleza.

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Cabe a cada uma de nós agora reconectar-se com nosso corpo, a matéria-prima do feminino, o ventre, os seios, mas, mais do que tudo, o coração e, assim, pegarmos nas mãos dos homens, sejam eles parceiros, filhos amigos, sócios, e lhes dizer: “Agora podemos caminhar juntos”. Vamos fazer do mundo um cenário completo onde não há mais esquecidos ou excluídas, mas onde cada um, do jeito que É, possa se alegrar e contribuir para o outro com simplicidade e honestidade.

E para nós, mulheres, talvez a melhor frase seja: “Não se trata de Empoderar, mas sim de Desempoeirar o instinto e a intuição feminina”, ou seja, não é hora mais de agregar um poder viril e agressivo na imagem de novo feminino, mas sim retirar as cascas que encobriram a beleza e a naturalidade engrandecedora da verdadeira mulher. Pense nisso!

Sobre o autor

Elaine Pera

Formada em Comunicação Social e Pedagogia com Pós Graduação e Especialização em Qualidade e Terapia Floral. Em 1990 iniciei meus estudos na área Terapêutica envolvendo quatro aspectos do ser humano.

O psíquico-mental através de cursos e formações na área da Programação Neurolinguística, Terapia da Linha do Tempo, Hipnose Ericksoniana e Constelação Familiar.

O emocional e físico através de técnicas terapêuticas como o Reiki, Cromoterapia, Florais de Bach e Massagem Bioenergética.

O espiritual através de conhecimentos e aplicações na linha da Cura e Apometria Quântica e estudos sobre a Grande Fraternidade Branca e a ação dos 7 raios, Tarô mitológico e Numerologia pessoal e Empresarial.

O objetivo do meu trabalho é caminhar junto, ser uma facilitadora para que cada um possa se sentir seguro para olhar para si mesmo e suas experiências, acolhendo-as, transformando-as e levando-as a frente para abrir novos caminhos, obter mais confiança em suas realizações pessoais.

Além dos atendimentos pessoais, workshops e trabalhos em grupo, também sou professora e facilitadora dos cursos de Terapia Floral e Cromoterapia, tendo realizado diversas turmas e cursos no SENAC-Saúde e em outros Espaços e Clínicas do ABC e SPaulo.

Telefone: 11 4221.1164 e 11 4228.2804
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