Espiritualidade

Feliz Dia de São Valentim: uma mensagem para os que ainda acreditam no amor

Um homem e uma mulher segurando balões em formato de coração.
belchonock / 123rf
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Em algum momento da sua vida, ao realizar um tour pela internet, você deve ter cruzado com o nome de São Valentim, ainda que indiretamente.

Você sabia que a importância desse santo é tamanha a ponto de seu nome ser utilizado como alcunha em datas comemorativas nos Estados Unidos e mesmo em outros países norte-americanos ou europeus?

Pois é! O “Valentine’s Day”, tido aqui como Dia dos Namorados, é uma referência a esse santo tão popularmente conhecido como símbolo vivaz de resistência, resiliência e crença na existência do amor como um elemento muito importante em nossas vidas.

Mais do que um mero mártir no tempo, São Valentim fez com que seus ideais transpusessem qualquer linha cronológica, transformando seu legado em algo grandioso até os dias hodiernos. Que tal conhecer agora a história desse santo e saber o porquê de ele ser uma mensagem àqueles que ainda acreditam no amor? Acompanhe!

A história de São Valentim

Valentim foi um padre romano que pertenceu, historicamente, à época de Cláudio II, (este recebia o epíteto de “Cláudio, o Cruel”), imperador que conseguiu “vigorar” seu reinado por meros 2 anos (268-270).

Dono de uma impecável carreira militar, Cláudio prezou pelo bem-estar do poderio de seu exército e tentou, a todo custo, edificá-lo como uma verdadeira força intransponível.

Exemplo máximo desse desejo de Cláudio II foi, sem sombra de dúvidas, seus elos pouco amigáveis e amistosos em relação aos casamentos e relações conjugais instituídas legalmente pela Igreja Católica.

O imperador, crente na ideia de que tornaria o exército mais forte, resolveu pura e simplesmente proibir os casamentos, apostando que, se sozinhos e sem cônjuges, os rapazes e homens do Império tenderiam a entrar nas forças armadas de modo quase que coercitivo.

Uma pintura de São Valentim.
Interesting Literature / Wikimedia Commons / Canva / Eu Sem Fronteiras

É aí que Valentim começa a agir. Mesmo que grande parte dos padres tenham sido complacentes com essa resolução de Cláudio (o Cruel), o padre Valentim não foi omisso e preferiu continuar casando os habitantes do Império.

Sua atitude, embora louvável, custou-lhe a sua liberdade e mesmo a sua própria vida. Antes de morrer e durante o processo de sua prisão e detenção, Valentim recebeu inúmeras cartas e flores daqueles que lhe associavam ao papel de “emissor de amor” e também ao de não subserviente a Cláudio II.

Foi na prisão, inclusive, que o padre conheceu uma das filhas dos carcereiros, a qual destinou seu amor e paixão vividamente. A moça era cega e, por um milagre, crê-se que ela tenha restaurado a visão e que Valentim tenha sido o responsável por esse ato grandioso.

O padre chegou mesmo a escrever uma carta de amor, endereçando-a à moça. A assinatura do Valentim nessa carta (referida como “de seu Valentim”) tornou-se extremamente conhecida e é, hodiernamente, ainda muito utilizada como uma expressão em países que comemoram o “Valentine’s Day”.

A riqueza do amor de ambos e os laços conjugais entre Valentim e a moça da prisão não duraram devido à morte do padre, que ocorreu em 14 de fevereiro de 270, por decapitação, ordem de Cláudio II.

Agora você pôde ver que não é à toa e nem arbitrário que o “Valentine’s Day” se situe justamente no dia 14 de fevereiro. A data é muito bem rememorada no Reino Unido e nos Estados Unidos, por exemplo, e embora não seja comemorada legalmente pela Igreja Católica, ela é muito popular.

Nos diz a história de São Valentim: acredite no amor

Uma mulher escorando sua cabeça sobre o ombro de um homem. Eles estão sentados.
Văn Thắng / Pexels

Nas últimas décadas, podemos observar que a nossa relação com o amor, afeto e sentimentos próximos se tornou muito menos sólida e mais fraca ou maleável.

Tentamos buscar propulsores culpados por essa ascensão da indiferença ante ao amor, como as redes sociais (que provêm relações rasas e distantes, muitas das vezes), mas a grande realidade é que vivemos em um período onde a desilusão amorosa é gigante e esse é o fato por si só.

Podemos estabelecer uma ligação entre nossos tempos e São Valentim. É certo que o contexto histórico é diferente, mas São Valentim também viveu em um momento onde o amor foi tratado com indiferença, com censura e renegado.

Aliás, pode-se dizer que São Valentim é um estandarte àqueles que acreditam no amor. Sua força e sua convicção nesse sentimento pode inspirar mesmo as almas mais tocadas pela frieza da indiferença.

Você não precisa ser um mártir e morrer de amor, mas como São Valentim, você tem de crer que o amor não está morto, e que embora ele pareça fugaz e fugitivo às vezes, ele está na sua vida, na minha e nas nossas vidas. Amar é resistir.

O primeiro passo para reconhecer que amar é resistir, é compreender que o amor não está só nas grandes empreitadas da vida, mas ele está também nas pequenas coisas que podem se tornar grandiosas!

Veja São Valentim: foi em um pequeno gesto de resistência às leis vigentes de sua época que ele não só vislumbrou o amor como vivo e essencial, mas transformou uma pequena oposição em algo gigantesco. Não à toa seu nome e suas ideias sobrevivem até hoje na história.

Mulher segurando um balão escrito "love"
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Por isso não seria exagero dizer que o grande estandarte e a grande missão de vida de São Valentim foi o amor. Ele não foi permissivo com as leis abusivas de Cláudio II, e sim permaneceu oposto a elas, exibindo-se como uma contraparte que cria mais no amor do que na guerra e na frieza.

Talvez o grande problema da modernidade seja a esperança de ser amado e venerado sem antes tomar algum partido na construção desse mesmo sentimento tão complexo. Parece ingênuo culpar a inação, mas coloque-se no lugar de São Valentim:

São Valentim não foi, de antemão, amado. Ele precisou amar para que conseguisse alicerçar, em sua vida, as bases para esse sentimento tão rico que floresceu só subsequentemente. Ele acreditou que era possível ter o amor como estandarte de vida, mas não achou que o conseguiria imediatamente.

Por que você não pode tornar, também, o amor no estandarte da sua vida; a sua bandeira? Àqueles que esperam, é possível dizer: deem o amor e logo serão amados. O amor é um sentimento gerado pela ação e pela reciprocidade.

A recíproca valeu para São Valentim, que de tanto amar e edificar laços amorosos, logo foi amado e grandemente reconhecido. Não é uma fórmula precisa, mas sim um norte que pode servir bem ao amor: ame e seja amado! Lembre-se de São Valentim e inspire-se na sua figura!

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Comece disseminando o amor por onde passar com esta oração de São Valentim. Ela é poderosa e eficaz, mas não é por isso que você deve ser inativo. Lembre-se: amar é agir. Para ser amado, você tem de amar. Acredite no amor.

“São Valentim, patrono do amor, lance seus olhos bondosos sobre mim. Impeça que maldições e heranças emocionais de meus ascendentes e erros que tenha cometido no passado perturbem minha vida afetiva. Desejo ser feliz e fazer as pessoas felizes. Ajude-me a entrar em sintonia com minha alma gêmea, para que possamos desfrutar o amor, abençoados pela providência divina. Peço a tua intercessão poderosa, junto a Deus e Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém”.

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