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Liberdade e Movimento

Dançar é romper as barreiras de si mesmo em busca da liberdade. É despir-se das amarras da matéria e liberar a alma. Nasce quando a vontade de crescer ultrapassa o espaço interno e explode em movimento. Um movimento tão intenso, repleto de cores e verdade.

Como explicar o movimento? O movimento está vivo dentro e fora de nós. Nada é estático.

O ser humano em qualquer idade tem uma conexão profunda com o movimento, mesmo os que apresentam uma limitação qualquer aparente tem o movimento em si.

Vamos nos concentrar na dança de jovens acima de 50 anos, isso mesmo, porque existem jovens de 90 e idosos de 20 anos. O maior impedimento do ser humano ao movimento é o conjunto de medos que se acumula durante a vida: medo do pai, da mãe, das novas experiências, das doenças, da não aceitação social, enfim, medo de si mesmo.

O medo é paralisante e geralmente nos impede de viver mais intensamente e de ser feliz, nos aprisionando em celas do pensamento que se acumulam no decorrer da vida, cristalizando-se.

A Dançaterapia vem como um processo gradual que vai transformando o corpo e a mente, quebrando as moléculas que estavam petrificadas e libertando as células da alegria e da autoestima.

Não acreditar no que “pode” fazer, leva os homens e mulheres a estacionar a vida e as relações interpessoais que dela se originam. Através de estímulos, da música e do movimento livre, a Dançaterapia traz a possibilidade de o indivíduo estar em contato mais profundo com o “Eu”, sem que ele perceba. Não se trata de um caminho teórico, mas de um processo que parte do inconsciente e que permeia as dificuldades encontradas, abrindo a fronteira do “Poder Natural” que todos têm.

As vivências de Dançaterapia fortalecem a autoestima e abrem as portas para o autodesafio e a experimentação pessoal.

Será que posso?

Será que consigo?

E após a dúvida, vem as tentativas…

Tentativas que a partir de pequenos sucessos e questionamentos acabam por afastar a insegurança, o medo e a acender a chama da fé em si mesmo e da autoconfiança.

E assim, sucessivas experiências positivas se acumulam nutrindo o subconsciente e impactando na memória corporal.

Quando falamos de pessoas a partir de 60 anos, notamos que curiosamente muitos dos seus medos são originários do receio do envelhecimento e da excessiva preocupação com seus papéis na família e no círculo de amizades, com destaque para o cuidado exagerado dos filhos ou a expectativa de comportamento que que eles esperam dos pais, sentindo-se na obrigação de não decepcioná-los, causando comportamentos nem sempre naturais ou atitudes que não lhes pertencem intrinsecamente, mas que são moldadas para satisfazer credos, desejos ou medos dos filhos e familiares. Deixar de ser o que é ou de fazer o que gosta para não causar desencanto ou problemas que os afetem direta ou indiretamente aos outros.

Com as vivências constantes oferecidas pela Dançaterapia, as pessoas vão redescobrindo a vida, suas vontades e valores reais, abrindo espaço para novos comportamentos que as habilitam sair do julgo alheio e retomar seu caminho como ser único e capaz.

Este é o começo da transformação, da permissão a si mesmo, da alegria de se reconhecer como alguém forte, cheio de vida e de novas possibilidades, aflorando o autorrespeito e o bem-estar que indubitavelmente se projeta na qualidade de vida e no convívio social.

A seguir, descrevo alguns depoimentos de pessoas que frequentam vivências regularmente e que ilustram sobremaneira a abordagem central deste artigo, onde por “tv” entenda-se: Tempo de vivência na Dançaterapia (*):

“Minha experiência com as aulas de dançaterapia … Me proporcionou muito bem-estar, autoconhecimento do meu corpo, autoestima, melhorando os meus movimentos e tornando-os mais naturais, criatividade, relaxamento e descontração. Adorei as aulas!” (M.P. – tv = 2 meses).

“Meu depoimento para dançaterapia… As aulas fizeram com que eu descobrisse em mim movimentos em meu corpo, que em sintonia com a minha mente estavam adormecidos.” (L.M. – tv = 2 meses).

“A dançaterapia para mim foi tudo de bom, superei a depressão, me fez bem para a alma… Eu amo essa aula!” (M.D.L. – tv = 2 anos).

“Com pouco mais de um mês de aula, foi notável o bem que se fez no meu corpo e na minha alma.” (I.D.V – tv = 1 mês).

“Dançaterapia é expressão corporal com liberdade da alma.” (R.B. – tv = 5 anos).

“Dançaterapia foi a forma que encontrei de libertar a alma dançante que vivia trancada dentro de mim.” (S.A.S. – tv = 1 ano).

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“A Dançaterapia desliga o nosso externo e temos coragem de mostrar o que sentimos por dentro em um ritmo só nosso. Compreendi o que as pessoas sentem ao ouvir um som… Não importa qual.” (M.B. – tv = 1 ano).

É muito prazeroso acompanhar o crescimento e a libertação de cada pessoa, em seu tempo, limite e determinação. Ninguém é igual a ninguém e todos podem ser felizes dentro de suas próprias convicções, formas e oportunidades. Experimente, sempre há tempo!

Sobre o autor

Silvana Jara Faciole

Silvana Jara Faciole se formou em Dançaterapia, método Maria Fux, em julho de 2011, pelo Centro Internacional Dançaterapia Maria Fux, em Goiás, GO, associado a Si. Danza Scuola Internazionale di Danzaterapia da Itália, com os mestres: Maria Fux e Pio Campo.

Como Dançaterapeuta atua em Instituições nas áreas de educação, saúde e bem
estar; assim como na Educação Especial e ações de inclusão de pessoas com síndrome de down, surdocegos, com limitações físicas e intelectuais. O Projeto Dançaterapia foi aprovado pela SECULT (Secretaria de Cultura de São Caetano do Sul) nos últimos 3 anos, sendo que em 2015 está em plena atividade no município, abrangendo a terceira idade, educação especial e instituição sócio assistencial infantil.

Cursos de atualização: Seminários Intensivos Anuais no Brasil, Itália e Espanha com Pio Campo e também em 2013 participou do Seminário Internacional de Dançaterapia no “Centro Creativo de Danzaterapia” em Buenos Aires, Argentina com Maria Fux.

E-mail: sj.faciole@hotmail.com
Telefone e WhatsApp: 11 99184 6260