Energia em Equilíbrio

Respiração holotrópica e psicologia transpessoal

Happy woman breaths deeply with open arms in the middle of nature.
Escrito por Eu Sem Fronteiras

A respiração melhora o funcionamento do corpo como um todo. Não é à toa que este ato é um dos pilares da meditação. A respiração holotrópica, do grego holos “inteiro” e trepein “ir em direção”, aumenta a oxigenação cerebral. Esta técnica de respiração criada na década de 70 pelo psiquiatra Stanislav Grof e sua esposa Christina é um exercício de 2 horas que mescla respiração mais rápida e profunda, música, trabalho corporal e arte. O paciente fica deitado e atinge um estado alterado de consciência, expulsando velhos traumas de sua alma.

Respiração holotrópica e Psicologia Transpessoal

O exercício é muito comum na Psicologia Transpessoal, corrente fundada por Abraham Maslow nos anos 60 que defende a tríplice aliança do indivíduo — corpo físico, alma e espírito. Para esta corrente psicológica, os traumas tornam-se doenças físicas ou emocionais, por isso, a respiração holotrópica é usada no tratamento de dores crônicas, enxaqueca, sintomas da tensão pré-menstrual, asma e depressão.

Como funciona a respiração holotrópica?

A respiração holotrópica é seguida de quatro passos:

  • Respirações completas

As respirações devem ser cheias e profundas. Ao inspirar, encha os pulmões a ponto do seu abdômen se expandir.

  • Respire de forma circular

Isso significa não dar intervalos entre uma respiração e outra, não prender o ar. Com os pulmões cheios, esvazie-os imediatamente, quando estiverem vazios, encha-os imediatamente.

  • Respire mais rápido

Respire mais rápido que o habitual, mas, com cuidado para não sobrecarregar o corpo. Mantenha todo seu corpo, principalmente os pulmões relaxados para não se cansar.

  • Respiração bucal

A respiração pela boca leva a uma hiper-oxigenação cerebral, porque o ar entra em maior quantidade e velocidade. Caso você se sinta desconfortável, pode trocar esta respiração bucal pela nasal.

Música Holotrópica

A música é importantíssima para a respiração holotrópica. Não deve ter intervalos entre as músicas, além disso elas não podem ser em idiomas que os praticantes entendam, para ninguém se distrair. Embora a música tenha relevância no processo, a respiração é o carro-chefe.

Para este exercício de respiração promover mudanças físicas e psicológicas ainda mais profundas, Stanislav Grof criou uma jornada musical de três horas. Veja como funciona este processo:

Just breathe, inspirational vector lettering

Primeira hora: relaxamento físico e suporte à respiração

Neste estágio são usadas batidas ritmadas, como a dos tribais e certas músicas eletrônicas.

Artistas recomendados: Juno Reactor, Lost at Last, Ganga Giri, Brent Lewis, Byron Metcalf, James Asher, Babatunde Olatunji e Afro Celt Sound System.

Segunda hora: liberação emocional

Aqui, os traumas e emoções dos participantes são colocados para fora.

Artistas recomendados: Lisa Gerrard, Azam Ali, James Newton Howard, Thomas Newman, Howard Shore e músicas épicas como Audiomachine e Two Steps From Hell.

Terceira hora: interação com a experiência

Promover maior envolvimento do participante.

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Artistas recomendados: cantos sacros de Lama Gyurme, Deva Premal e Jai Uttal. Nos instantes finais são executados sons da natureza para os participantes voltarem ao estado de consciência normal.

A respiração holotrópica é mais uma maneira de unir bem-estar físico e mental. Você já conhecia, pratica ou conhece alguém que faz este exercício? Compartilhe com a gente.


  • Escrito por Sumaia Santana da Equipe Eu Sem Fronteiras

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