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6 erros que fazem o bebê demorar para comer sozinho

Mulher dando comida para bebê
Andrea Piacquadio / Pexels
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Quando você aprendeu a comer sozinho? Para responder a essa pergunta, provavelmente você falaria com a pessoa que te criou. Isso porque nós não nos lembramos desse período, nem mesmo de outras fases importantes do nosso desenvolvimento, como os primeiros passos ou as primeiras palavras.

Apesar disso, se conseguimos comer sozinhos atualmente, é porque tivemos uma pessoa ao nosso lado, que nos auxiliou nesse processo de adquirir independência e autonomia. Agora é a sua vez de ser esse apoio para o seu bebê, que também vai aprender a comer sozinho, sem dificuldades.

Embora o processo de se alimentar sem ajuda não seja rápido, existem alguns erros que podem dificultá-lo. Por outro lado, há maneiras de incentivar essa fase do desenvolvimento, tornando tudo mais simples. A seguir, aprofunde-se nesse assunto, para ajudar o seu bebê a crescer!

Erros que fazem o bebê demorar para comer sozinho

Veja quais são as atitudes que você deve evitar para que o seu bebê consiga se alimentar sozinho com mais facilidade!

1) Impedir que o bebê se alimente com as mãos

Os bebês ainda estão conhecendo o mundo e fazem isso, muitas vezes, por meio do tato. Então é normal que eles queiram se alimentar usando as mãos, porque precisam sentir a textura do alimento que vão levar até a boca. Conforme eles vão adquirindo coordenação motora, abandonam o hábito de comer com as mãos. Por isso, não há motivos para impedi-los de se alimentarem dessa maneira, inicialmente.

2) Proibir que ele brinque com a comida

Com um bebê no nosso dia a dia, até as atividades do dia a dia se tornam mais difíceis, como limpar a casa. Por isso, é compreensível que você queira evitar qualquer bagunça. Porém os bebês gostam de brincar com a comida, porque é assim que eles entendem e conhecem o que estão comendo. Essa etapa é fundamental para o desenvolvimento da independência na hora de comer. Então não os proíba! Peça ajuda para deixar tudo em ordem depois.

3) Dar a comida na boca sem deixá-lo usar talheres

Bebê com colher na boca olhando para frente.
Gabriel Crismariu / Unsplash

Utilizar talheres é difícil para alguém que ainda está aprendendo a usar as mãos, e esse processo pode ser estressante para os pequeninos. Apesar disso, esse é um dos processos de desenvolvimento da coordenação motora que vão ajudá-los a se alimentarem melhor e sozinhos. Portanto estimule o seu bebê a utilizar talheres, escolhendo as opções adequadas para a idade dele, que costumam ser adaptadas.

4) Dar comida fora de hora

Um dia organizado é mais agradável para qualquer pessoa, porque as nossas tarefas se tornam previsíveis e não lidamos com o estresse dos imprevistos. Por esse motivo, é essencial que os bebês se alimentem sempre no mesmo horário, todos os dias. Ao dar comida fora de hora, o processo de se alimentar se torna um motivo de nervosismo, tornando esse momento menos prazeroso.

5) Insistir na sopa e na papinha

Mesmo que a sopa e a papinha sejam mais práticas na hora de alimentar um bebê, a repetição desses alimentos pode prejudicar o desenvolvimento dele. Isso porque a criança deve se acostumar a novas texturas e sabores diferentes, inclusive para usar os dentes que estão nascendo. Logo, não resuma o cardápio a alimentos pastosos ou líquidos.

6) Colocar filmes e desenhos durante a refeição

Distrair o bebê na hora das refeições pode ser uma estratégia cômoda para familiares que já estão exaustos com a rotina. No entanto, esse ato é prejudicial às crianças. O motivo disso é que, focadas na televisão ou no tablet, elas deixam de prestar atenção ao que estão comendo. Como consequência, perdem o prazer de comer e o momento de convívio familiar.

Dicas para incentivar o bebê a comer sozinho

Após conhecer alguns erros que dificultam a independência do bebê ao se alimentar, saiba quais são as maneiras de estimular esse desenvolvimento!

1) Ofereça alimentos fáceis de pegar e mastigar

Como é fundamental que o bebê use as mãos para comer, ofereça os alimentos cortados em palitos ou em rodelas. Dessa maneira, ele terá mais facilidade para manuseá-los e não vai correr o risco de se engasgar com alguma das opções. Também é uma boa ideia cortar legumes e frutas em pedaços pequenos, para facilitar a mastigação.

2) Prepare o prato preferido do bebê

Cada bebê tem um prato preferido, que poderia comer todos os dias. Se essa opção é saudável e pode ser comida com as mãos, prepare-a ao longo da semana. Assim, quando o bebê visualizar o alimento de que ele mais gosta, terá um incentivo extra para se alimentar. Essa empolgação pode, inclusive, fazer com que a criança queira comer sozinha, sem precisar esperar pelos adultos.

3) Coma em frente à criança

Bebê olhando enquanto mulher leva em sua boca uma colher com papinha.
Life is Fantastic / Unsplash

A observação é primordial para que os bebês aprendam como devem se alimentar. Por isso, na hora das refeições, posicione-se na frente da criança e coma a sua comida, enquanto a observa comer sozinha. Quando você faz isso, o bebê tem um exemplo a reproduzir, e, ao mesmo tempo, sabe que você está lá para ajudá-lo, se for necessário.

4) Persista no processo

É provável que você ou algum outro familiar do bebê sinta vontade de voltar a alimentar o bebê, em vez de deixá-lo comer sozinho. É importante ter e mente que, para ele, comer com ajuda é mais cômodo. Sem o incentivo de comer sozinho, o bebê não vai fazer isso espontaneamente. Portanto, mesmo que seja desafiador em alguns momentos, persista no processo.

5) Demonstre o seu apoio

Qualquer tarefa difícil se torna menos desafiadora quando temos um bom incentivo, certo? Para o seu bebê também é assim. Então você deve elogiá-lo enquanto ele come, evitar brigas por causa da sujeira e da bagunça nesse momento e mostrar que está ao lado dele. Demonstre que ele está conquistando algo grandioso e que vai melhorar cada vez mais com o tempo.

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Quais são os melhores alimentos para incentivar o bebê a comer sozinho?

Nem todos os alimentos são indicados para um bebê comer sozinho. Alguns sabores e texturas podem não ser adequados para um paladar que ainda está em formação, além de apresentarem riscos para a criança. Nozes e uvas, por exemplo, podem resultar em cortes e em engasgos, criando uma situação desagradável.

Nesse sentido, é necessário conhecer os alimentos que são fáceis de mastigar, saborear e engolir, viáveis para o bebê comer sozinho. Entretanto nunca ofereça todas as opções de uma vez, para não deixar a criança confusa. Opte por duas ou três comidas diferentes em cada refeição. Confira as melhores opções!

1) Banana em rodelas

A banana é uma fonte de energia doce, macia e fácil de ser manuseada. Portanto ela funciona como um alimento divertido para o bebê, que terá mais de um incentivo para saboreá-la sem ajuda. Conforme ele for crescendo, inclusive, vai perceber que é possível morder a banana facilmente para comê-la, sem precisar do corte em rodelas.

2) Abacate em pedaços

Imagem de abacate cortado em pedaços
Kitzcorner / Getty Images Pro / Canva

O abacate é um alimento de sabor neutro, rico em potássio, que não deve ser adoçado na hora de ser oferecido a um bebê. Por ser fácil de mastigar e de manusear, ele é uma opção colorida e segura para as crianças que ainda estão aprendendo a comer sozinhas, além de ter uma boa aceitação pelo paladar infantil.

3) Ervilhas cozidas

As ervilhas cozidas são uma recomendação de lanche da tarde rica em proteínas e fibras. O ideal é que você as cozinhe sem sal e ofereça uma concha, entre as refeições. Por serem pequenas bolinhas fáceis de mastigar, a criança que já sabe fazer o movimento de pinça conseguirá comer sozinha sem dificuldades, sentindo prazer nesse processo.

4) Pêssego em fatias

O pêssego é uma fruta doce, macia e rica em vitaminas A, E e K. Você deve oferecê-lo em fatias, sem casca e sem caroço, para facilitar a alimentação. Por serem suculentas, as fatias ainda terão um componente surpresa, que vai despertar ainda mais a atenção do seu bebê.

5) Lentilhas cozidas

Assim como as ervilhas, as lentilhas cozidas devem ser preparadas sem sal. Nesse caso, você pode oferecê-las mornas para o seu bebê. Ao se alimentar com elas, ele vai aumentar os níveis de proteína no organismo e estimular a coordenação motora fina, ao treinar o movimento de pinça com grãos pequenos e achatados.

6) Cenoura em rodelas

As cenouras em rodelas são indicadas para os bebês que já estão em fase de dentição. Isso porque elas são visualmente atraentes, apresentam muita vitamina A, têm um sabor adocicado e precisam ser mastigadas várias vezes. Assim, a criança consegue comer com as próprias mãos um alimento de textura diferente, que auxilia no seu desenvolvimento.

7) Manga em fatias

Entre as opções de alimentos doces e fáceis de comer está a manga, rica em vitamina A. Quando cortada em fatias ou em cubos, pode divertir muito um bebê que está aprendendo a comer sozinho. É importante que você escolha uma manga sem muitos fiapos, que podem incomodar seu bebê na hora de comer.

Manga cortada em cubos
ROMIXIMAGE / Canva

8) Brócolis

Um brócolis sem sal, cozido no vapor, é uma ótima fonte de ferro e potássio para crianças com mais de dois anos de idade. Isso porque ele se parece com uma pequena árvore e é muito nutritivo. Então, o bebê se diverte comendo e ainda fortalece a própria saúde.

9) Couve-flor

Com o mesmo preparo do brócolis, você pode oferecer couve-flor ao seu bebê. Embora essa opção rica em vitamina C não seja tão atraente visualmente quanto o brócolis, o sabor mais suave pode agradar a muitos paladares. Além disso, você pode oferecer as duas opções juntas!

10) Macarrão de conchinha

O macarrão de conchinha não é uma refeição completa, já que é formado apenas por carboidratos. No entanto, é uma opção macia, fácil de manusear e divertida para o seu bebê. Lembre-se de cozinhá-lo sem sal e oferecer quando estiver entre frio e morno, para ser mais seguro de pegar com as mãos.

Depois de todas as dicas que apresentamos, você já tem tudo de que precisa para garantir que seu bebê consiga se alimentar sozinho, mais facilmente. Mas é importante ressaltar que cada criança tem o próprio tempo, e que não devemos forçá-las ou apressá-las enquanto ainda estão aprendendo. Por isso, se você precisar de mais ajuda, não hesite em procurar a opinião de um profissional.

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