Autoconhecimento

Comparando as ideias de dharma, vocação e significado

dharma
Escrito por Dulcineia Santos

A busca pelo propósito tem causado ansiedade e frustração em muitos buscadores. Estudando um pouco sobre a visão do economista Max Weber, em uma aula sobre a revolução do pensamento, achei que a sua abordagem sobre vocação faz bastante sentido e ajuda a explicar o porquê deste incômodo que está sendo causado na busca por um senso de missão.

Para Weber, a ideia de vocação foi introduzida com a Reforma Protestante. A vocação seria, primeiramente, uma forma de projetar a religiosidade nos atos cotidianos.

Além disto, considerada a ideia de predestinação e de que Deus já havia seus escolhidos, a prática de boas obras seria uma forma de mostrar que se pertencia a esta classe. E, acima de tudo, fazer riquezas por meio de uma vocação seria a prova da bênção divina. Enriquecer era “desculpado” por ter sido conseguido por meio de uma vocação.

Em sua meditação sobre o tempo, Deepak Chopra diz que dharma é seguir o nosso propósito, o nosso caminho e a nossa alegria. É estarmos alinhados com o fluxo. “O Dharma é a ação evolutiva que apoia o nosso despertar espiritual”.

Para mim, a ideia de dharma soa muito mais leve. Ela é colocada de forma prática (“ação”), mas é acompanhada do sentimento de que quando se está alinhado, não existe esforço, não existe atrito.

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No dharma, você se identifica com um dos arquétipos divinos (amor, beleza, verdade, justiça, bondade, inteireza, poder, self) e o aplica no que está fazendo, seja o que for. 

Você entra no estado de unidade e, por isso, atrai a prosperidade, ou apenas vive-a, sente-a, não importa quanto dinheiro há na sua conta corrente. A luta por chegar em algum lugar acaba, porque você simplesmente está, e aceita, no fluxo.

Apesar do nome, parece-me algo muito mais simples de ser aplicado de forma prática.

Segundo o físico Amit Goswami, a ideia de “significado” vem da mente. 

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De fato, é a mente (comandada pelo ego) que procura explicação para as coisas, enquanto a essência simplesmente confia e vai no fluxo. Você está onde deve estar. Você sempre tem o livre-arbítrio e pode mudar isto se a sua intuição assim o diz, mas isto é diferente de procurar algo que parece nunca estar ao seu alcance. A essência simplesmente “É” e aceita que tudo, absolutamente tudo, tem significado.

Sobre o autor

Dulcineia Santos

Dulcinéia Santos é consultora de desenvolvimento para a maturidade, praticante certificada da ferramenta MBTI® de tipos psicológicos e coach. É também autora do livro “A Namorada do Dom”, em que conta as lições que aprendeu nos relacionamentos e na sua jornada até a Suíça.

Acredita que a vida é cheia de lições e que se não as aprendemos não passamos pro próximo nível do jogo. Saiu de casa cedo e foi morar no mundo – agora está na Suíça, onde estudou antroposofia por três anos. Gosta de tomar cerveja no boteco enquanto papeia, de aconselhar, da língua portuguesa, de cozinhar, de ficar só e de flexibilidade de horários. É esotérica, mas acha que estamos encarnados para viver as experiências terrenas com o pé no chão – de preferência dançando.

Formações:

Bacharel em línguas aplicadas

Brain Based Coaching Certification
NeuroLeadership Group – Londres

MBTI® – Myers-Briggs Type Indicator – Step I and Step II
Myers-Briggs Foundation – Florida, USA

Antroposofia
Goetheanum – Dornach, Suíça

Terapia Multidimensional
Genebra – Suíça

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