Quantas vezes colocamos o “mas” naquilo que queremos? “Quero iniciar um novo projeto! Mas…” “Esse é o meu sonho! Mas…”
Olhe aí dentro de você e veja quantos sonhos foram deixados para trás porque você focou sua atenção no que veio depois do “mas”, deu tanto poder que o início da frase passou despercebido, o inconsciente não gravou… Tudo bem, esses pensamentos limitantes pulam como pipocas na nossa mente, não é mesmo? Abaixo deles sabemos que existem situações mal resolvidas, crenças e padrões limitantes que aprendemos por toda a nossa vida, mas também sabemos que as coisas só mudam quando a gente muda e somos totalmente responsáveis por nossas vidas e já superamos inúmeros desafios, certo?
Então, que tal parar de alimentar as desculpas com “todinho”, lembrar-se das infinitas capacidades que você tem e partir para cima?
Eu sei que isso é um desafio, me percebo por várias situações da minha vida entrando nesse estado de vítima, e digo para vocês: apesar de nos dar um conforto aparente, isso drena a nossa energia e vamos perdendo a cada dia que passa a força para alçar novos voos!
O fato é que crescer dói, gera desconforto, fazer algo novo dá medo e gera tensão, mas isso é normal, natural mesmo! Mas chega uma hora que a dor tem que ir, para o novo vir!
O fato é que crescer dói, gera desconforto, fazer algo novo dá medo e gera tensão
Pense que estamos sempre em um movimento de gestar e parir o nosso próprio ser!
No útero materno, o nosso casulo temporário, estamos passivos, pois é hora de receber! Desenvolver o nosso corpo e nutrir-se de bênçãos. Depois de transcorrido o tempo gestacional, aquele espaço tão acolhedor começa a ficar desconfortável, o bebê cresceu, está chegando a hora de sair do casulo… O processo de nascimento é um desafio por si só! O canal por onde vai passar é estreito… Exige esforço para chegar à nova vida!
E passamos por esse processo repetidas vezes! Morremos para aquilo que achamos ser e renascemos com novas convicções, sentimentos e atitudes!
Pense bem, você é a mesma pessoa de um ano atrás? E de cinco ou dez anos? Estamos sempre nos transformando, moldando o nosso próprio ser! O momento de recolhimento se faz necessário para resgatar todo o aprendizado e se preparar para as próximas experiências da jornada evolutiva.
Mas e quando a alma se expande? O corpo grita para sair do casulo e algo em nós resiste?
Ei, queridas! O casulo está apertado?
Então, voaaaaa!
Até quando vai ficar dando ouvidos para esse “mi, mi, mi”?
Preste atenção nas suas asas espremidas que estão prontas para mostrar as suas belezas e encantos aqui do lado de fora! O mundo quer te ver!
Pois bem, essa “metamorfose ambulante” que aqui vos fala vai dar algumas pistas para aumentar o tônus de suas asas:
INSPIRE AMOR, EXPIRE A DOR!
Pratique um estado de vigília, se coloque como uma observadora dos seus pensamentos. A partir daí perceberá quais emoções eles atraem. Não critique e nem se rotule! Não se castigue, promete?
Inspire intencionando aceitação e autoacolhimento, ao expirar foque na sensação desconfortante que o pensamento te trouxe e solte todo o peso, tudo o que te oprime. Faça isso quantas vezes forem necessárias até sentir que o vento levou o desconforto que esse pensamento te trouxe…
ATIVANDO O PODER DA “MULHER MARAVILHA”
Estamos na matéria, certo? Então, uma das formas mais fáceis de mudar as nossas emoções e, consequentemente, os nossos comportamentos é por meio do nosso corpo!
Ele responde a tudo o que pensamos e, consequentemente, sentimos… Se está triste, observe o seu corpo… Automaticamente a sua postura se inclina, os seus ombros se abaixam e o seu físico se torna um servo respondendo ao comando do que as suas emoções estão dizendo a ele…
Pensando nisso, quando se perceber entrando nessa onda, mude intencionalmente o seu campo físico! Dê o comando certo e ele te obedecerá!
Faça a postura da mulher maravilha!
Mãos na cintura, braços para trás, abrindo o peito, cabeça ereta e olhar fixo para um ponto! Dois minutinhos nessa postura e adeus baixo astral!
Está na dúvida? Faça e verá por si mesma!
Você também pode fazer caminhadas ou dançar, observando o seu movimento e se permitindo esvaziar a preocupação da “cachola”, apreciando o momento presente.
AGRADEÇA!
Está aí a arma mais poderosa para eliminar de vez com o “mi, mi, mi”!
Visualize tudo o que você tem na vida e emane um sentimento de gratidão ao universo! Mas tudo mesmo, hein!? Pessoas, coisas, capacidades internas e por aí vai…
A gratidão é a energia mais poderosa do universo! Tudo o que emanamos volta para nós, certo? Então, entramos nesse fluxo do dar e receber e em troca o universo nos presenteia com mais situações para que possamos nos sentir gratas!
Então, o milagre acontece! Eita, universo generoso!
“RESUMO DA ÓPERA”:
Ao respirar conscientemente estamos dando um comando para que, por meio da inspiração, eu me nutra com o prana da vida e ao expirar eu solto, me desapego e deixo ir aquilo que me impede de voar.
A mudança na nossa fisiologia interfere em nossos padrões de pensamentos, sentimentos e, consequentemente, em nossas ações. Então, exerça o seu poder de cocriadora e dê o comando certo para o seu corpo! Caminhe, dance, cante, mude a postura! Pare de alimentar os pensamentos que te botam para baixo e depois me conta!
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Entrando no fluxo da gratidão, o “mi, mi, mi” desaparece porque focamos a nossa energia naquilo que temos e tiramos o foco daquilo que não temos (ainda)… Nos lembramos dos inúmeros motivos pelos quais não devemos desistir dos nossos sonhos, pois podemos sentir a luz de todas as pessoas que nos amam impulsionando essa nova etapa e despertamos para o nosso poder interno que nos dará a guiança para esse maravilhoso e desconhecido caminho que se abre quando acreditamos na vida!
Eis o ciclo ininterrupto da jornada da guerreira:
A vida é um eterno morrer e renascer…
Tudo na vida é impermanente, abra mão do controle…
As dores do renascimento são naturais, pois nos fortalecem…
Mas elas têm o momento de ir e vir…
Desapegue-se delas e vai!
A gente se encontra em um desses voos!
Sua amiga ora lagarta, ora borboleta…
Como dizia o poeta Raul: “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.
Com amor, Andréia Ferrari.