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Sintomas de ansiedade

Mulher sentada no sofá em posição fetal. A imagem está com efeito desfocado.
Thomas Andre Fure / Shutterstock
Escrito por Eu Sem Fronteiras

O que é ansiedade? A ansiedade é uma emoção normal que é vivenciada em situações em que o sujeito se sente ameaçado por um perigo externo ou interno. Ela é anormal quando é desproporcional ao estímulo desencadeante, ou muito prolongada em relação a ele. E os sintomas de ansiedade podem ser físicos, psicológicos, intelectuais e sociais.

Ao contrário da ansiedade relativamente leve e transitória causada por um evento estressante, os transtornos de ansiedade duram pelo menos seis meses e podem piorar se não forem tratados. Vamos falar ao longo do texto quais são esses sintomas, quando acontecem e o que pode ser feito para amenizar.

Sintomas de ansiedade

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) nos meses de maio, junho e julho de 2021 mostrou que 80% da população brasileira tornou-se mais ansiosa na pandemia do novo coronavírus. Muitos, inclusive, não sabem reconhecer os sintomas de ansiedade.

As manifestações sintomatológicas da ansiedade são muito variadas e podem ser classificadas em diferentes grupos, que vamos descrever a seguir.

Na mente

Podemos destacar: dificuldades de atenção, concentração e memória, aumento da distração e descuido, preocupação excessiva, expectativas negativas, ruminação, pensamentos distorcidos e intrusivos, aumento das dúvidas e sentimentos de confusão, tendência a lembrar coisas especialmente desagradáveis, superestimar pequenos detalhes desfavoráveis, abuso de prevenção e suspeita, interpretações inadequadas, suscetibilidade etc.

No corpo

No corpo, podemos ter as seguintes reações: taquicardia, palpitações, aperto no peito, falta de ar, tremores, sudorese, desconforto digestivo, náuseas, vômitos, “nó” no estômago, distúrbios alimentares, tensão e rigidez muscular, cansaço, formigamento, tontura e instabilidade. Se a ativação neurofisiológica for muito alta, podem aparecer distúrbios no sono e na alimentação.

Mulher sentada na cama, em posição fetal, com as luzes do quarto apagadas e sintomas de ansiedade.
amenic181 / Shutterstock

Sintomas de crise de ansiedade

Há uma diferença entre a ansiedade e a crise de ansiedade. Uma crise de ansiedade pode causar uma angústia tão intensa que chega a gerar uma sensação de morte iminente. Embora seja uma situação que não é grave e que acaba desaparecendo sozinha em poucos minutos, é conveniente saber como preveni-la e como controlar um ataque de ansiedade, caso ocorra.

Portanto é um episódio de natureza emocional e física, que surge inesperadamente, sem aviso prévio, e que pode ou não ter uma causa que o justifique naquele momento.

Na mente

Embora, em uma crise de ansiedade, os sintomas sejam mais físicos, é comum que, no auge dessa crise, muitas pessoas acreditem que estão tendo um infarto. Mas, entre os sintomas da mente, destacam-se a sensação de irrealidade (desrealização) ou ver-se na terceira pessoa, como se fosse de fora (despersonalização), e o medo de “enlouquecer” ou perder o controle, além do medo da morte iminente.

Sintomas de crise de ansiedade físicos

Quando se tem uma crise de ansiedade, estes são os seguintes sintomas físicos:

  • Sensação de falta de ar
  • Aperto no peito
  • Tremores no corpo
  • Sensação de que o coração está indo mais rápido do que o normal
  • Sudorese, tonturas, náuseas, desmaios
  • Sensação de “nó no estômago”
  • Tensão muscular

Quando a ansiedade acontece em simultâneo com outros problemas

Infelizmente há momentos em que mais de um problema de saúde mental pode acontecer simultaneamente. Ao contrário da ansiedade breve e relativamente leve causada por um único evento estressante (como ter que falar em público ou ter um primeiro encontro com alguém de que você gosta), os transtornos de ansiedade patológicos duram pelo menos seis meses e podem piorar se não forem adequadamente cuidados, e podem ocorrer concomitantemente com outros problemas. Muitas vezes, ocorrem ao mesmo tempo que outras doenças físicas ou mentais, incluindo dependência de álcool. E mais: a partir da ansiedade, pode-se desenvolver uma depressão. Por isso, atentar-se aos sintomas nos ajuda a entender o que está acontecendo e também o momento de buscar ajuda profissional.

Portanto a ansiedade pode acontecer, sim, junto com outras doenças. Veja, a seguir, algumas delas.

Mulher idosa sentada em um banco de praça, com a mão no coração tendo sintomas de ansiedade.
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Sintomas de crise de ansiedade e depressão

A síndrome de ansiedade depressiva é uma condição generalizada, mas nem sempre fácil de reconhecer, porque os pacientes apresentam sintomas de ansiedade e humor deprimido com intensidade e grau variados.

Às vezes, a ansiedade e a depressão coexistem, e esse tipo de vínculo pode se manifestar de diferentes formas e rumos. Muitas vezes, acontece de uma pessoa que inicialmente sofre de ansiedade desenvolver mais tarde transtornos de humor até formas reais de depressão.

Na depressão ansiosa, os doentes podem sentir-se tristes, apáticos e sem impulso vital, e ao mesmo tempo ansiosos, sempre tensos e inquietos. Nesse sentido, podem apresentar dificuldade de concentração, sensação de “cabeça leve”, sensação de fadiga ou baixa energia, hipervigilância, preocupação, facilidade de chorar, tendência a previsões negativas para o futuro, desespero, baixa autoestima ou sentimentos de desprezo por si mesmos.

Sintomas de crise de ansiedade e estresse

Há também os transtornos de estresse relacionados, como o transtorno de estresse pós-traumático e o transtorno de estresse agudo. Nesses casos, o sujeito revive continuamente a memória ou imagem de eventos traumáticos que são particularmente relevantes para ele, todos acompanhados de forte ansiedade e marcada ativação neurovegetativa. Ou também o problema pode resultar de um estresse no trabalho ou problema familiar.

Homem negro com os olhos fechados e a cabeça apoiada entre as mãos.
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Sintomas de crise de ansiedade e síndrome do pânico

O transtorno do pânico é um tipo muito comum de transtorno de ansiedade. Os primeiros sintomas geralmente aparecem no início da idade adulta, embora também seja possível que se manifeste na infância ou na terceira idade.

O transtorno do pânico pode estar associado à agorafobia, quando o medo de ataques de ansiedade faz com que a pessoa evite lugares ou situações das quais pode ser difícil ou embaraçoso escapar.

A agorafobia geralmente aparece associada ao transtorno do pânico, em que a pessoa imagina que não haverá ajuda disponível no caso de um ataque de pânico. Normalmente o medo de sair ou estar em público é o sintoma mais comum.

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O que fazer ao ter sintomas de ansiedade?

O tempo que dura uma crise de ansiedade não costuma ser muito longo, é uma situação temporária, que normalmente desaparece em, no máximo, 30 minutos. No entanto, é muito angustiante para a pessoa que sofre com isso. Por isso, é importante saber como controlar uma crise.

Se você se encontrar em um episódio de ansiedade, as etapas a seguir o ajudarão a superá-lo:

  • Convença-se de que não é um transtorno grave, nada de ruim vai acontecer com você e será resolvido sem que você sofra grandes consequências.
  • Pense em outra coisa, focar sua atenção nos sintomas só vai gerar mais angústia e prolongar o quadro.
  • Faça algo diferente para distrair o pensamento. Algumas pessoas acham útil contar para trás progressivamente, por exemplo, de 100 a zero, subtraindo de 2 em 2. Outras, por outro lado, preferem imaginar coisas que são atraentes para elas ou visualizar lugares onde gostariam de estar naquele momento.
  • Controle sua respiração. Isso é essencial, pois a ansiedade causa hiperventilação, ou seja, respiração mais rápida e intensa, que produz um excesso de oxigênio no sangue. Para moderá-lo, o ideal é respirar lentamente em um saco de papel por alguns minutos. Dessa forma, a quantidade de gás carbônico no corpo é aumentada e equilibrada com os níveis de oxigênio.

Diagnóstico

Para determinar um diagnóstico, você provavelmente precisará de um exame físico e testes recomendados pelo seu médico de cuidados primários. Seu médico pode ajudá-lo a determinar se você tem alguma condição médica que precise de tratamento e estabelecer limites em testes de laboratório, diagnóstico por imagem e encaminhamento a especialistas.

O seu médico de cuidados primários também pode encaminhá-lo a um profissional de saúde mental. O profissional pode fazer o seguinte:

  • Realizar uma avaliação psicológica para discutir sintomas, situações estressantes, histórico familiar, medos ou preocupações e como a ansiedade afeta negativamente sua vida.
  • Solicitar que você preencha uma autoavaliação ou um questionário psicológico.
  • Perguntar sobre o uso de álcool, drogas ou outras substâncias.
  • Determinar se a preocupação com a doença pode ser consequência de outro transtorno mental, como o transtorno de ansiedade generalizada.

Mesmo a ansiedade não tendo cura, quando você procura um médico, ele pode conduzir o melhor tratamento, permitindo que você leve uma vida mais tranquila.

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