Energia em Equilíbrio Yoga

O que é a prática do yoga?

prática do yoga
Escrito por Juliana Ferraro

Muitas pessoas pensam, assim como eu pensava, que yoga era a prática física e respiratória que fazemos dentro de uma hora ou um pouco mais, dentro do tapetinho. Mas eu estava enganada… Muito enganada!

Yoga é estilo de vida. Yoga começa dentro do tapetinho nas primeiras horas da manhã e continua no dia que segue. No livro mais antigo que se tem sobre Yoga, o tratado escrito pelo sábio mestre Patañjali, se fala sobre os oito passos para se atingir um estado de Yoga.

Yoga não é uma prática, é um estado mental que se atinge através das práticas citadas no Yoga Sutras. Em sânscrito se chama Ashtanga Yoga, Ashta significa oito e Anga significa passos, etapas. São oito passos!

Um deles é Asana: postura estável e confortável. O único Asana citado neste tratado é a postura meditativa. Só muito tempo depois é que foram estudados e ensinados os outros tantos Asanas, que não são nada mais do que posturas preparatórias para a meditação.

Depois existem os exercícios de respiração, Pranayamas. Prana é energia vital. Pranayama é o controle da energia vital. Através dos exercícios de respiração podemos direcionar e aumentar a nossa energia vital. Aumentar a capacidade pulmonar. Respirar menos vezes no mesmo tempo, respirações mais profundas. Vejam o exemplo do cachorro e da tartaruga. O cachorro respira muito rápido, vive pouco. A tartaruga tem respirações lentas e profundas e vive centenas de anos.

prática do yoga

Dentro dessa prática consciente, começamos a busca pelo estado de união. A prática de manter o foco mental e de sair das distrações da mente que advém da estimulação dos órgãos sensoriais, que dispersam a mente e o estado interno conectado com a verdade e a consciência plena.

Queremos diluir as perturbações que nos tiram do caminho da união. Essas perturbações são a ignorância (a gente acha que o que é mutável e passageiro é o imutável e permanente), a egoicidade (achamos que o que interpretamos sobre os fenômenos e objetos são realmente os fenômenos e objetos), o desejo e aversão (quando criamos desejo e aversão vem o sofrimento, pois nos apegamos às sensações que os objetos nos causam) e o apego (sofremos porque nos apegamos às coisas que são mutáveis).

Estas são as formas pelas quais saímos do estado de Yoga e que muitas vezes nos tiram da prática, da disciplina e da busca. É importante saber que estas são dificuldades enfrentadas por todos os buscadores, desde mais de três mil anos atrás. Reconhecer estas perturbações e seguir com sua prática é sabedoria que liberta.

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Nos próximos artigos seguiremos falando de forma simples sobre os Sutras para que você possa cada vez mais incorporar o Yoga no seu dia a dia.

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Sobre o autor

Juliana Ferraro

Juliana Ferraro é psicóloga por formação e viajante por amor às coisas novas da vida. Seu contato com diferentes línguas e culturas começou quando ela ainda trabalhava no Club Méditerranée. Depois fez um mochilão pelo mundo em busca de autoconhecimento. Em pouco mais de um ano conheceu diversos países asiáticos, em especial a Índia, onde fundou uma paixão profunda pela yoga e pela meditação. No Brasil: morou, deu aulas de yoga e se formou como massoterapeuta, em Paraty, RJ. Foi nessa época que concluiu quatro cursos de dez dias de meditação Vipassana e se aprofundou na prática de Ashtanga Yoga. Hoje, ela está estudando Ashtanga Yoga no KPJAYI, em Mysore, Índia. E dá aulas de Ashtanga Yoga online.

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