Você sabia que a nossa mente é a porta de entrada para o nosso bem-estar físico? Quando nos sentimos tristes, inseguros, estressados ou ansiosos, podemos desenvolver sintomas físicos negativos, enquanto o contrário acontece quando nos sentimos felizes, realizados, apaixonados ou orgulhosos. Há um significado psicológico nas doenças que muitas vezes deixamos passar.
De acordo com a Linguagem do Corpo, uma psicologia que analisa a relação entre corpo e mente, os problemas que temos durante a vida se materializam na saúde física, causando diferentes desconfortos.
Segundo essa teoria, que classifica as doenças como “psicossomáticas”, sentimentos, pensamentos e traumas encontram uma saída no corpo físico, provocando dores, tumores, irritações, inflamações e, em alguns casos, infecções. Assim sendo, o significado psicológico das doenças sempre varia de pessoa para pessoa.
Talvez você já tenha se dado conta disso quando teve uma dor de barriga ao se preparar para um momento importante, quando sentiu dor de cabeça depois de uma situação de estresse, entre outros.
Desde a antiguidade, em locais como Egito, China e Grécia, estudiosos analisam o efeito que nossa mente inconsciente pode provocar nos nossos corpos. Uma pessoa que apresentava dores no corpo, por exemplo, poderia ser tratada a partir da repetição de palavras e frases positivas que, por serem entendidas como mágicas, resgatavam o bem-estar.
Todo esse conhecimento ancestral continuou a ser investigado com o passar do tempo e, atualmente, o significado psicológico das doenças foi atualizado para um campo de estudos chamado programação neurolinguística” – ou PNL.
Na década de 1970, Richard Bandler e John Grinder, nos Estados Unidos da América, desenvolveram a PNL com o objetivo de analisar a relação entre processos neurológicos e linguagem. Em outras palavras, observavam como as palavras que dizemos podem nos prejudicar ou nos beneficiar.
De acordo com os criadores da PNL, é possível tratar diferentes doenças com esse método, de depressão a miopia. Cristina Cairo, bacharel em Educação Física e em Psicologia, é uma das pessoas que defende essa teoria. Ela é autora da trilogia de livros “Linguagem do Corpo”, na qual expõe seus estudos nessa área.
Em um dos tratamentos que Cairo promove por meio da PNL, por exemplo, uma pessoa que tem um tumor em alguma região do corpo deve analisar o próprio histórico de vida e entender o que a levou a desenvolver essa doença.
Somente quando ela verbalizar os traumas ou os sentimentos negativos que culminaram no tumor é que esses problemas terão uma nova saída no corpo, deixando de se manifestar como uma doença física.
Para entender de forma aprofundada como Cristina Cairo interpreta a linguagem do corpo e a relação entre corpo e mente, confira o box a seguir, que apresenta o significado psicológico das doenças!
O significado psicológico das doenças por Cristina Cairo
“Após concluir meu primeiro livro, Linguagem do corpo, continuei mergulhada em busca de mais estudos científicos para que minha mente alcançasse maior compreensão e me aprimorasse nas técnicas de autocura, podendo, dessa forma, ensiná-las às outras pessoas.
Encontrei muitas maneiras de como passar a você o que sei, entretanto cheguei à conclusão de que, quanto mais me aprofundava em meus estudos, mais entendia que a objetividade e a simplicidade do pensamento é que representam, realmente, a porta de entrada para a saúde.
Enquanto a mente humana não compreender que somos uma unidade cósmica, projeção de um único centro cósmico e que apenas o livre-arbítrio nos separa em corpos diferentes, não haverá forma alguma de mostrar que somente a harmonia do pensamento e do coração é que podem, realmente, fazer desaparecer a projeção da doença.
A doença é apenas uma forma de comunicação de nossos desejos frustrados. Somente quando houver vontade de aceitar que somos responsáveis por tudo o que nos acontece e aprendermos a nos desapegar das necessidades de posse, deixando a vida fluir com naturalidade, sem forçar situações ou resistir aos problemas, aí sim, a consciência perceberá que estava pensando pequeno em alguns setores da vida e provocando desajustes orgânicos.
Ao soltar um problema e enxergá-lo sem ansiedade, sem medos, nem remorsos ou qualquer outra emoção, ele se transforma e sua vida também. A resistência em soltar algo que o aflige está no fato de acreditar cegamente que somente aquilo ou aquela pessoa pode fazê-lo feliz.
Reconheça, então, que você só se tornará infeliz se insistir em carregar em sua vida o fantasma do medo de perder. Quando você soltar e perder verá que insistia, teimosamente, em segurar o que não poderia fazer parte de sua vida, menos ainda de sua felicidade.
Mas se você soltar e não perder, aprenderá o que estou tentando lhe ensinar sobre o desapego e sobre a verdadeira felicidade.
A física quântica comprova que o pensamento interfere diretamente na trajetória de nosso destino, pois pensamentos são vibrações que se deslocam instantaneamente, sem depender de tempo ou de espaço. Ou seja, assume formas, realiza sonhos, transforma ambientes, fabrica doenças e gera no corpo o que desejamos ou não, consciente ou inconscientemente. No Kojiki, o livro de mitologia japonesa, está escrito que a divindade Shiotsuchi ou Sumiyoshi fez um “barco sem espaço e sem tempo” e nele conduziu o príncipe Ho-hodemi ao palácio Ryugu no fundo do mar, onde há um infinito tesouro, conta Masaharu Taniguchi em A verdade da vida. As crenças arcaicas que nos foram legadas a respeito de nós mesmos, tornaram-se uma grande parede ilusória que não nos permite enxergar que somos livres e poderosos e que com o simples fato de pensar realiza-se o bem ou o mal em nossas vidas. Daí pode-se compreender que acreditar em fatalidade é, na verdade, falta de conhecimento das leis físicas e das leis do Universo. Aquilo em que acreditamos, pensamos ou tememos, torna-se realidade: é a lei de atração dos semelhantes.
Para curar-se de uma doença, você pode recorrer a vários métodos tradicionais, sejam eles religiosos, holísticos, alternativos, ou mesmo através de autossugestão, mas jamais se curará do ato de criar doenças enquanto acreditar que as mesmas têm vida própria e que, a qualquer momento, poderá surgir uma nova para derrubá-lo.
Compreender que a doença é o reflexo de seu comportamento, palavras, pensamentos e sentimentos, já será um grande passo para a sua evolução, mas aprender a amadurecer o amor, o desapegado e exercitar os pensamentos, criando acontecimentos de harmonia, ignorando as aparências dos problemas atuais (que são reflexos do comportamento), aí, então, você estará no caminho da salvação e livre de sua própria ignorância que lhe causava tanta dor.
Lembre-se das palavras de Cristo: “Seja-te feito conforme creste”. Afinal, quando você vai aplicar o que o mestre lhe ensinou em vez de ficar, aí, esperando que Ele volte para tocar em sua cabeça e curá-lo?
Mexa-se e use seu pensamento para mover sua vida.
Peça a Deus que lhe ensine a amar e perdoar, pois quanto mais você implorar a Deus para realizar seus desejos, curar suas doenças, mudar a cabeça de outras pessoas, etc, tanto mais frustrado e descrente você ficará.
Pare de tentar controlar pessoas e acontecimentos e corrija-se a si mesmo e não aos outros. O poder do silêncio, a alegria e o amor desapegado curam mais do que choros, promessas e gritos.
Deus e as entidades espirituais com certeza sabem o que você precisa antes mesmo de você pedir, não é mesmo? Acalme seu coração. Aceite e acredite que ao passar por tudo – seja de bom ou de ruim – aumenta o seu crescimento interno e o amadurecimento da alma.
Pare de ser tão racional e entenda que a felicidade não depende de nada e de ninguém para existir, uma vez que ela já existe em sua essência, e não será sentida enquanto houver desarmonia e medos devido ao apego a coisas e pessoas. Olhe ao seu redor, com os olhos da alma, e você sentirá vergonha por estar brigando tanto por coisas que não representam a verdadeira felicidade. Solte o que for! Dê uma chance a si mesmo de alcançar um nível superior de consciência para experimentar outros sabores que, com certeza, quem carrega problemas não conhece.
Aconselho ler o livro Espaço, tempo e além, de Bob Toben e Fred Alan Wolf. Os autores são físicos que explicam, através da física quântica, como as coisas e os acontecimentos de nossa vida ocorrem, criados por nós mesmos, e como a realidade em que vivemos, e que parece tão concreta, pode ser transformada com a consciência.
Daniel G. Amen, neurologista clínico e psiquiatra, afirma no livro Transforme seu cérebro, transforme sua vida: A maioria das pessoas não entende como os pensamentos são importantes e deixam ao deus-dará o desenvolvimento de padrões de pensamento. Você sabia que seus pensamentos enviam sinais elétricos que percorrem todo o seu cérebro? Os pensamentos têm verdadeiras propriedades físicas: são reais e têm influência significativa em cada célula de seu corpo!
A verdade é que os cientistas da atualidade dão nomes às suas descobertas sobre o poder do pensamento. Entretanto, essas “descobertas” já eram, há milhares de anos, conhecidas e plenamente dominadas, com sabedoria, pelos avatares, gurus, filósofos e outros pesquisadores da mente humana.
O que importa é que esse assunto, muito breve, após devidamente comprovado pela ciência médica, seja anunciado e esclarecido em escolas, hospitais e pela mídia, para que o homem recorra a esses conhecimentos na busca de suas curas.
Parecem exageradas tais afirmações, não é mesmo?
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Pois bem, então permita-me, caro leitor, que eu faça a seguinte colocação: o que seria mais exagerado, uma pessoa acometida de câncer manter toda a sua família sob um clima de terror por não conhecer a verdadeira causa psicológica de sua doença, ou ter aulas práticas e teóricas sobre novos padrões mentais, que gerariam sentimentos que a levariam à cura? Devemos ajudar essas pessoas a compreenderem que a inversão de valores é uma crença. E toda crença é apego e não há expansão de conhecimento, ou seja, acredita-se que, ao adoecer ou sofrer lesões no corpo através de acidentes, geram-se determinadas emoções negativas, tais como raiva, mágoa, desânimo, tristeza, hipersensibilidade, quando na realidade acontece exatamente o inverso.
Ocorre que a pessoa, pelo seu orgulho, ou medo, já estava alimentando certas emoções negativas, o que projetou em seu corpo aquilo que já existia em seus sentimentos.
No sentido figurado diríamos que ela entra numa espécie de looping de emoção-doença-emoção, onde a origem real de tudo se confunde na consciência”.
Texto baseado no livro de Cristina Cairo:
Linguagem do Corpo 2 – O que seu corpo revela