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Uma das maiores virtudes do ser humano continua sendo a Humildade

Mãos seguram flor branca em cenário externo.
Pop Nukoonrat / 123RF
Escrito por Giselli Duarte

A humildade é uma das maiores virtudes do ser humano. Um estilo de vida. Uma qualidade que todos poderiam praticar, pois essa virtude é de graça.

Ela precisa ser constantemente praticada, inclusive no meio das terapias holísticas. Refiro-me às terapias holísticas, mas você pode incluir os outros termos os quais permeiam esta atmosfera repleta de amor e boas intenções.

O número de pessoas que migram para essas áreas holísticas tem sido cada vez maior. E é muito bacana poder fazer um intercâmbio de ideias e experiências advindas das mais variadas áreas de atuação de cada pessoa que encontramos nesse meio.

Muitas pessoas que estão começando, ou até mesmo aquelas que já estão no meio há mais tempo, acabam tendo dificuldades para lidar com tantos conhecimentos vindo em muitas direções, principalmente aquelas que escolhem empreender. Para empreender é preciso aprender e lidar no dia a dia com inúmeros departamentos dentro de uma empresa ou marca: desde a gestão empresarial, financeira, marketing, comercial, operação, às vezes de pessoal, dentre outras. E é muito comum o terapeuta procurar ajuda profissional para terceirizar esses serviços.

As pessoas, quando estão investindo seu tempo estudando muitas coisas ao mesmo, quando vêm de outros ramos e migram para alguma coisa nova, têm a convicção de achar que já sabe de tudo. E quando estamos falando das terapias por si só, algumas acabam se autointitulando “gurus” das ferramentas de expansão de consciência. Aqui nós temos dois perfis muito comuns nesse meio.

Mulher com as mãos unidas próximas do rosto.
Mikhail Nilov / Pexels

O QUE PENSA QUE JÁ SABE DE TUDO E DÁ “PITACO” FORA DA SUA ÁREA DE ATUAÇÃO

Esse perfil tem sugestão para tudo, muda tudo ou critica o trabalho desenvolvido por terceiros, às vezes terceiros contratados por ele mesmo, pois acredita que sabe mais, seja pela idade ou tempo de experiência numa determinada experiência anterior, ou porque talvez esse seja o perfil dele, em fazer comentários sobre tudo. Não há nada de errado em questionar o motivo pelo qual uma empresa ou profissional qualificado faz determinadas coisas com a finalidade de entender o mecanismo da estratégia.

Todavia, criticar em demasia ou, ainda, começar a levantar o seu tom de voz para impor exigências ou dar a famosa carteirada de “quem é que manda” é que muitas vezes não faz o menor sentido, além de já ter deixado de ser produtivo e respeitoso. Aliás, existe um artigo muito bom falando sobre isso: Será que “eles” sempre têm a razão?.

O QUE PENSA QUE É A PRÓPRIA REENCARNAÇÃO DE UM GRANDE MESTRE ESPIRITUAL

Geralmente as pessoas que se encaixam nesse perfil têm o hábito de dizer que são mentoradas diretamente por Buda, Sananda, mestres da Fraternidade Branca ou de comandos estelares. Já vi muito por aí. Outros fazem questão de dizer que canalizaram uma nova técnica ou psicografaram cartas premonitórias de seres galácticos.

Também não há nada de errado com isso, e é até possível sim, mas gente…calma. Como dizia Chorão: “Chega com respeito na minha quebrada”. É preciso muita preparação para chegar nesse estágio espiritual.

Independentemente de onde tenham vindo essas coisas, é importante primeiro ter humildade e respeito com tudo o que lidamos nesse meio tão delicado e, inclusive, muitas vezes não levado a sério por muita gente devido aos charlatões infiltrados de boas pessoas.

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Invista tempo, sim, nas inúmeras formações das terapias integrativas, mas invista alto também na humildade e no discernimento para não julgar que está saindo de uma matrix e cair em outra. O ego é dureza, quando ele burla a si mesmo pensando que está deixando o pequeno ego de lado, se não prestarmos atenção, entramos na armadilha do ego espiritual.

E não é isso o que queremos, não é mesmo?

Estamos todos aqui para aprender e, humildemente, evoluir.

Sobre o autor

Giselli Duarte

Nunca fui alguém que se contenta em observar a vida passar. A inquietação sempre pulsou em mim, guiando-me a atravessar caminhos diversos, por vezes improváveis, mas sempre significativos. Não se tratava de buscar respostas rápidas, mas de me deixar ser moldada pelas perguntas.

Meu primeiro contato com o trabalho foi aos 14 anos. Não era apenas sobre ganhar meu próprio dinheiro, mas sobre entender como o mundo se movia, como as relações de troca iam além de cifras. Com o tempo, percebi que meu lugar não seria apenas cumprir horários, mas criar algo próprio. Assim, aos 21, nasceu meu primeiro negócio, registrado formalmente. Desde então, empreender tornou-se tanto profissão quanto paixão.

Mas, por trás dessa trajetória profissional, sempre existiu uma busca interior que muitas vezes precisei calar para priorizar o mundo exterior. Foi somente quando o cansaço me alcançou na forma de burnout que entendi que não podia mais ignorar a necessidade de olhar para dentro. Yoga e meditação não foram apenas escapes, mas verdadeiras reconexões com uma parte de mim que havia sido negligenciada.

Foi nesse espaço de silêncio que descobri o quanto a curiosidade que sempre me guiou podia ser dirigida também para dentro. Formei-me em Hatha Yoga, dentre outras terapias integrativas, e comecei a dividir o que aprendi com outras pessoas, conduzindo práticas e compartilhando reflexões em plataformas como Insight Timer e Aura Health. Ensinar, percebi, é uma das formas mais puras de aprender.

A escrita foi um desdobramento natural desse processo. Sempre acreditei que as palavras possuem a capacidade de transformar não só quem as lê, mas também quem as escreve. Meus livros, No Caminho do Autoconhecimento e Lado B, são registros de uma caminhada que não se encerra, mas que encontra sentido na partilha. Participar de antologias poéticas também me mostrou a força do coletivo, de somar vozes em algo maior.

Cada curso que fiz, cada desafio que enfrentei, trouxe peças para um mosaico em constante formação. Marketing, design, gestão estratégica – cada aprendizado me preparou para algo que, na época, eu ainda não conseguia nomear. Hoje, entendo que tudo se conecta.

Minha missão não é ensinar verdades absolutas, mas oferecer ferramentas para que cada pessoa possa encontrar suas próprias respostas. Seja através da meditação, da escrita ou de uma simples conversa, acredito que o autoconhecimento é um processo contínuo, sem fim, mas cheio de significado.

E você, o que tem feito para ouvir as perguntas que habitam em você? Talvez nelas esteja o próximo passo para um novo horizonte.

Curso
Meditação para quem não sabe meditar

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