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Sintomas de transtorno de ansiedade: saiba quais são e o que fazer para aliviá-los

Uma mulher debruçando a sua cabeça nos seus braços. Ela está sentada à parede.
Chinnapong / Shutterstock
Escrito por Eu Sem Fronteiras

O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é um distúrbio que se caracteriza por uma preocupação exacerbada e expectativa apreensiva sem motivos óbvios. Quem sofre desse problema desenvolve várias reações – físicas e mentais – que fazem de seu dia a dia um pequeno inferno. Neste artigo, vamos abordar os principais sintomas de transtorno de ansiedade, para te ajudar a identificar o problema.

A pessoa com TAG tende sempre a esperar o pior em tudo, exercendo uma preocupação desproporcional em todos os aspectos de sua vida: saúde, trabalho, dinheiro, família, entre outros. A simples ida à rua para resolver um problema pode se tornar uma via crúcis para ela, que alimenta a tensão antes mesmo de sair de casa, imaginando que as piores catástrofes poderão ocorrer nesse evento.

Caso você conheça alguém que esteja passando por isso – ou se você é essa pessoa –, leia o artigo na íntegra, para identificar os sintomas, lidar com eles e aliviar um pouco essa carga, tornando a vida de quem sofre com a doença um pouco menos difícil do que vem sendo. Confira!

Principais sintomas de ansiedade

O transtorno de ansiedade mexe com nossas emoções e pensamentos. Mas ele também vai além, fazendo com que surjam sintomas físicos, que, em primeiro momento, levam a pensar que se trata de qualquer outra doença. Ainda que cada pessoa reaja à sua maneira, pelo menos três dos sintomas abaixo já foram experimentados por quem foi diagnosticado com TAG:

Sintomas físicos

  • Dores de cabeça (cefaleia, enxaqueca etc.)
  • Dores generalizadas (nas costas, articulações, músculos, ossos etc.)
  • Sudorese
  • Náuseas ou outros desconfortos abdominais
  • Tontura e/ou sensação de desmaio
  • Taquicardia e/ou dor no peito
  • Formigamento
  • Fadiga
  • Visão turva ou dupla
  • Hiperventilação
  • Sensação de engasgo
  • Boca seca e/ou paladar hipersensível
  • Pernas e braços agitados
  • Sensação de dormência ou travamento nos membros (como se a perna não quisesse andar, por exemplo)

Sintomas psicológicos

  • Insônia
  • Dificuldade de concentração
  • Compulsão alimentar
  • Depressão
  • Perda de memória de curto prazo
  • Dificuldade na aprendizagem
  • Despersonalização
  • Desrealização
  • Redução da libido
  • Crises de pânico

Sintomas emocionais

  • Preocupação excessiva
  • Pensamentos obsessivos/intrusivos
  • Postura em alerta
  • Nervosismo
  • Vontade de chorar
  • Variação de humor
  • Angústia
  • Medo de morrer ou sensação de que vai morrer a qualquer minuto
  • Medo de acontecer alguma tragédia
  • Medo de realizar tarefas cotidianas
  • Medo de estar sendo observado e julgado
Um homem bocejando.
Sammie Sander / Pexels

Sintomas que podem não parecer sintomas

Além dos sintomas clássicos da ansiedade, existem outros que são incomuns ou, até mesmo, raros, e ainda aqueles que não parecem sequer sintomas, o que pode atrasar um diagnóstico. É importante verificar se a pessoa apresenta os sinais comuns da ansiedade, combinados a esses. Veja alguns deles:

  • Boca seca
  • Alteração do paladar (por exemplo, gosto amargo ou metálico)
  • Reações cutâneas (como dermatites, pruridos, alopecia, rosácea, urticária, psoríase etc.)
  • Dor na mandíbula, provavelmente em decorrência de bruxismo
  • Hematomas
  • Atraso na menstruação
  • Bocejos repetidos
  • Pés frios
  • Queda de cabelo
  • Pesadelos recorrentes
  • Procrastinação
  • Perfeccionismo exagerado
  • Baixa autoestima
  • Pessimismo
  • Sensação de inutilidade
  • Mania de remoer todos os acontecimentos (o que promove: culpa, vergonha, raiva, remorso e o hábito de reviver mentalmente os eventos)
  • Falta de foco
  • Esquecimento constante
    Nunca é demais reforçar que muitos desses sintomas também estão associados a outros problemas. Sendo assim, é essencial procurar ajuda profissional para identificar corretamente o problema e realizar o tratamento adequado.

Como saber se eu tenho transtorno de ansiedade?

Agora que você já sabe o que é transtorno de ansiedade e conhece vários dos sintomas – comuns e incomuns –, precisa analisar se está apresentando três ou mais desses sinais (como já salientamos mais acima) e procurar ajuda médica.

Um médico e um paciente à beira de uma mesa de um consultório.
ngampolthongsai / Canva

Lembramos que este artigo é apenas um ponto de partida para ajudar na obtenção de informações acerca da ansiedade patológica, mas apenas um profissional especializado está habilitado a diagnosticar essa doença. Somente o médico pode receitar algum medicamento.

O que fazer ao descobrir que tenho transtorno de ansiedade?

Se você foi diagnosticado com o transtorno de ansiedade, o primeiro passo é buscar o tratamento mais adequado para o seu caso. Se vai ser psicoterapia, associada ou não a algum medicamento, somente o médico poderá determinar (lembrando que psicólogos podem indicar terapias, porém não podem prescrever remédios). Não se automedique!

Apesar de não se falar em cura efetiva para o transtorno de ansiedade, existe o controle a um ponto de remissão dos sintomas e a possibilidade de retomar o bem-estar e não ser mais afetado por eles. Mas, para isso, é importante seguir à risca o tratamento.
Como identificar transtorno de ansiedade em outras pessoas?

Caso você desconfie de que um familiar, amigo ou conhecido possa estar sofrendo de TAG, fique atento ao comportamento dele. Da mesma forma como falamos mais acima, verifique se essa pessoa apresenta pelo menos três dos sintomas comuns listados neste artigo.
Em caso positivo, há grandes chances de ter o transtorno, porém apenas um psicólogo ou psiquiatra poderá fazer o diagnóstico e indicar as medidas adequadas.

Como ajudar?

Se o transtorno de ansiedade foi confirmado em uma pessoa, em primeiro lugar, você precisa ser solidário com ela, sem julgamentos e disposto a ajudar no que for preciso.

Uma pessoa cerrando as mãos de outra pessoa.
Shironosov de Getty Images Pro / Canva

Aconselhar essa pessoa a buscar ajuda médica é essencial, pois assim ela vai fazer o tratamento correto.

Quanto mais cedo buscar ajuda, mais cedo ela inicia o processo de recuperar sua saúde física e psicológica, podendo retomar a vida normal o quanto antes.

Lembre-se: se você não for médico especialista, apenas dê seu apoio, ouça a pessoa, seja um ombro amigo. Não indique medicamentos, terapias, simpatias. Não minimize o problema. Quem sofre de ansiedade já carrega dentro de si uma culpa gigantesca e um sofrimento muito grande. Seja um esteio para que essa pessoa sinta que ela vai conseguir retomar as rédeas de sua vida.

Uma vida equilibrada ajuda a aliviar o problema

Para uma pessoa sofre de ansiedade, à primeira vista, pode parecer impossível encontrar a luz no fim do túnel. Parte dos seus pensamentos levam a um caminho de desespero, falta de esperança e, mesmo, solidão. Então, falar em equilíbrio parece inviável.
Mas dá para minimizar os impactos dessa doença melhorando alguns hábitos. Veja algumas estratégias que podem ajudar a aliviar os sintomas:

Um homem realizando um levantamento terra durante uma sessão de musculação.
Shironosov de Getty Images / Canva
  • Pratique exercícios físicos: esses são os maiores aliados contra ansiedade, depressão e outros transtornos emocionais. Além de ajudar a liberar neurotransmissores associados ao bem-estar, a atividade física fortalece a imunidade, previne doenças cardiovasculares, melhora o sono e dá mais disposição. Yoga e caminhada são excelentes opções.
  • Faça meditação: já é comprovado que essa prática contribui para a sensação de felicidade. A prática de mindfulness é uma das mais indicadas para minimizar o estresse.
  • Melhore seus hábitos alimentares: uma alimentação saudável é a chave para as defesas do corpo. Alguns nutrientes são essenciais para estimular o bom humor, fornecer energias e proteger o organismo.
  • Faça uma boa higiene do sono: dormir bem é sagrado! É durante o sono que nosso organismo se regenera. Crie um ritual saudável para a hora de dormir e evite se expor a telas antes de se deitar.
  • Evite o exagero nas redes sociais: falando em telas, busque um uso moderado do celular, especialmente no que diz respeito às redes sociais. Já são muitos os casos de depressão e ansiedade agravados pela influência dessas mídias. A pressão nesse meio piora – e muito! – as nossas condições emocionais. Seja moderado.
  • Tome sol: a luz do nosso astro-rei é uma potente inibidora da ansiedade, pois ela ajuda no aumento dos níveis de vitamina D, essencial para a imunidade e a saúde dos ossos, além de influenciar na produção de serotonina. A luz do sol também ajuda a melhorar a qualidade do sono). Sol é vida, literalmente.
  • Organize sua rotina: para o ansioso, não há coisa pior do que ser pego de surpresa ou ter que fazer as coisas no afobamento. Procure organizar sua rotina, anotar suas tarefas e compromissos. Mas faça isso de forma simples, pois a preocupação excessiva com tarefas futuras (mesmo já anotadas) também pode desencadear crises ansiosas.
  • Em momentos de crise, use técnicas de respiração: essa estratégia ajuda a aliviar os sintomas de ansiedade. Existem várias técnicas que você pode adotar, até mesmo fora de uma crise. Consulte nossos conteúdos sobre dicas de respiração aqui no site!

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A ansiedade pode tornar a vida de uma pessoa extremamente difícil, a ponto de, até mesmo, incapacitá-la. Por isso, é essencial ter o apoio necessário e o tratamento adequado, além da busca por hábitos de vida mais saudáveis. É uma tarefa árdua, mas tem tratamento. Você pode, sim, vencer essa doença. Por mais que pareça inviável, o primeiro passo só depende de você.

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